fatalidade
Caso Daniel: testemunha disse que tentou conter agressões contra o jogador, mas que foi ameaçada por Edison Brittes
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Lucas Mineiro, uma das testemunhas, que estava na casa da família Brittes no dia em que o jogador Daniel Correia Freitas foi morto, falou, com exclusividade, à RPC. Ele já prestou depoimento à Justiça sobre o caso e mora fora de Curitiba.
Daniel foi morto em 27 de outubro após participar da festa de aniversário de Allana Brittes, que começou em uma boate e terminou na casa da família.
“No momento em que eles estavam agredindo ele [Daniel], eu cheguei e falei: para, para. Ele [Edison Brittes] só olhou pra mim e falou: sai fora. Se você não vier me ajudar, sai fora se não você é o próximo”, contou Lucas.
O jovem disse ainda que atualmente toma medicamentos diários contra depressão e síndrome do pânico.
“Eu sonhei muito com aquilo que aconteceu. Acordava assustado e chamava a minha mãe porque a gente se sente uma criança de novo. A gente se sente inseguro, desprotegido. Parece que tudo em volta conspira contra mim”, contou.
Lucas Mineiro falou ainda sobre o que viu na festa onde Allana Brittes comemorou o aniversário de 18 anos, sobre o que mais viu na casa e sobre as agressões contra o jogador Daniel.
A entrevista completa será exibida nesta segunda-feira (5), no Meio-Dia Paraná, a partir das 11h45.
A entrevista foi feita em São Paulo no escritório do advogado de Lucas. Ele afirmou que sofreu ameaças e que está morando longe de Curitiba porque ainda tem medo de morrer.
Em depoimento à polícia, Edison Brittes, que é pai de Allana, afirmou que matou Daniel porque o jogador tentou estuprar Cristiana Brittes, esposa dele.
Segundo a investigação, Daniel tirou fotos ao lado de Cristiana, no quarto do casal, antes do crime. De acordo com a Polícia Civil e o Ministério Público do Paraná (MP-PR), não houve tentativa de estupro.
Seis dos sete réus estão presos desde novembro. Evellyn Perusso, acusada de falso testemunho e denunciação caluniosa, é a única que responde ao processo em liberdade.
O outro lado
O advogado que defende a família Brittes, Cláudio Dalledone, disse que Lucas faltou com a verdade na entrevista.
“Esse moço está merecendo ser processado criminalmente. Se isso fosse verdade, teria sido consignado, teria sido dito por ele quando foi ouvido em juízo e nada aconteceu nesse sentido. Menos ainda, na fase policial. Ele tenta, junto com o advogado dele, ganhar, nesse momento, um protagonismo. Ele quer, na verdade, aparecer”, relatou o advogado.
A defesa de Lucas Mineiro, representada pelo advogado Jacob Filho, disse que o protagonismo foi e é de Edison Brittes.
“Ele decepou o órgão genital de Daniel, que foi assassinado de forma brutal sem poder se defender. Esta manobra que o advogado Dalledone tenta fazer para amedrontrar a testemunha e seu advogado é em vão. Nós não temos medo, não nos acovardamos, não pertencemos a este grupo criminoso, que infelizmente não respeita limites”, declarou o advogado.
Veja mais notícias da região no G1 Paraná.
( G1 )
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