Justiça
Caso Daniel: Cristiana Brittes nega que tenha influenciado na decisão de matar jogador
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Cristiana Brittes, mulher do assassino confesso do jogador Daniel Corrêa Freitas, Edson Brittes Júnior, negou eminterrogatório nesta quarta-feira (4), em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, que tenha influenciado na decisão de matar o atleta, em outubro do ano passado.
Juíza: Tem uma frase que foi dita, que você disse, que é a principal questão aqui do processo, que você disse, mais ou menos isso, “façam isso, mas façam longe daqui”.
Cristiana: Nunca, jamais. Meu Deus, eu não queria que batessem nele, muito menos que matassem. Todo momento eu pedi ajuda, todo momento eu pedi pra ligar pra polícia, pra fazer alguma coisa, mas ninguém fazia nada”.
O depoimento dela, que responde por homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor, contraria a versão de testemunhas sigilosas do caso.
Em fevereiro, uma testemunha disse que ouviu Cristiana falando para Allana: “Não deixem matar ele aqui dentro de casa”. Outra testemunha afirmou que ela disse para a filha: “Não deixa seu pai fazer isso dentro da minha casa. Você sabe como ele é”.
Interrogatórios
Os sete réus foram interrogados pela primeira vez na Justiça nesta quarta. Três deles, incluindo Edison Brittes, que está preso, ficaram em silêncio. “Eu me reservo no direito de permanecer calado”, disse. A filha do casal, Allana Brittes, respondeu apenas as perguntas da juíza e da própria defesa.
Daniel foi encontrado morto depois de participar de uma festa na casa da família Brittes. Edson disse, em outras oportunidades, que cometeu o crime porque o jogador tentou estuprar a mulher dele.
Os investigadores disseram que a tentativa de estupro não ficou comprovada. No interrogatório, Cristiana afirmou que estava dormindo e que acordou com Daniel na cama, em cima dela.
Após os interrogatórios, os promotores e os advogados de defesa devem apresentar as alegações finais no processo. Depois, a juíza do caso decide se os réus devem ou não ir a júri popular.
O que diz a defesa
O advogado da família, Cláudio Dalledone, afirmou que Cristiana não participou nem emprestou qualquer auxílio moral ou material e que a condição feminina de Cristiana foi aviltada.
Ele disse que a defesa crê que ela será absolvida da acusação de homicídio. O advogado também negou que tenha ocorrido contradição no depoimento de Cristiana.
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