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Caps Infantojuvenil é referência no atendimento a pacientes autistas em Porto Velho


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Unidade atende crianças e adolescentes de 5 a 16 anos com transtorno mental moderado ou grave.

Referência no atendimento especializado para crianças e adolescentes de 5 a 16 anos e 11 meses, com transtorno mental moderado ou grave, o Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPS I) conta com uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, psiquiatras, técnicos de Enfermagem, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais.

Hoje são cerca de 5 mil pacientes cadastrados na unidade, destes, uma média de 3.500 ativos. São demandas como transtornos de humor, ansiedade, tentativas de suicídio e auto mutilação, associados a doenças neurobiológicas sendo o autismo uma das mais prevalentes. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que em todo o mundo cerca de uma em cada 100 crianças tenha o transtorno. “O autismo não é uma doença. O autismo é um transtorno de amplo espectro. Ele acontece durante a formação do feto, a criança nasce autista podendo ser em três diferentes graus”, explica o psiquiatra Robson Machado, diretor técnico do CAPS I.

Psiquiatra diz que o acompanhamento melhora a convivência social do paciente

Psiquiatra diz que o acompanhamento melhora a convivência social do paciente.

Ainda de acordo com o especialista, aos seis meses de vida, ainda bebê, a criança pode dar os primeiros sinais de autismo, mas é aos dois anos, quando começa a frequentar a escola, é que os sintomas chamam mais atenção. “Aquela criança que ao ser chamada, não dá atenção, que não vira o pescoço para ouvir de onde está vindo o som, é um dos pequenos sinais que já se percebe desde os primeiros seis meses de vida. A família começa a perceber mesmo aos 2 ou 3 anos, quando a criança vai para a escolinha, e os pais devem sempre buscar ajuda”, detalhou o médico, esclarecendo que a unidade acolhe crianças a partir dos 5 anos ou em casos graves, a partir dos três anos.

Para os bons resultados, a participação da família é muito importante neste processo. Os pacientes fazem terapia ocupacional duas vezes ao mês e a psicologia também integra a parte médica, uma vez a cada mês ou a cada três meses, dependendo do estado clínico da criança. “Uma criança que recebe esse acompanhamento tem uma evolução no espectro. Melhora a convivência social e, com certeza, se torna um adulto mais dinâmico e mais independente. A gente tem dois caminhos que as pessoas podem procurar, que o primeiro é o caminho da demanda espontânea, onde é feita uma triagem e tem o caminho das unidades básicas de saúde. Quando a criança tem acompanhamento de um neuropediatra ou outro psiquiatra e vem somente para atendimento psicológico e ou terapeuta ocupacional preferimos encaminhar para um serviço especializado que tenha esse tipo de suporte como o CER da Prefeitura, ao lado do Ana Adelaide, porém quando a criança não tem um médico especialista definido, nós acolhemos na unidade para um tratamento multidisciplinar e multiprofissional”, esclareceu o psiquiatra.

O Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, na avenida Dom Pedro II, nº 2687, bairro São Cristóvão – 1º Andar.

Texto: Renata Beccária
Fotos: Wesley Pontes/ Leandro Morais

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