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Saúde

Câncer de pulmão: cerca de 20% dos pacientes continuam fumando durante ou após o tratamento oncológico


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Hábito aumenta o risco de recidiva da neoplasia e afeta o resultado de terapias contra a doença

O tabagismo continua sendo a principal causa de câncer de pulmão no mundo. No Brasil, são estimados 32.300 novos casos da doença para este ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o que apenas reforça a importância de um olhar cuidadoso para os cânceres pulmonares – que ainda lideram o ranking das doenças oncológicas que mais matam todos os anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Contudo, além de todos os desafios, há ainda o panorama de pacientes que, por conta do vício, continuam fumando mesmo após o diagnóstico. “Geralmente, quando recebem a notícia, a maioria deles param de fumar. Mas, cerca de 15% a 20% continuam fumando durante ou após o tratamento, podendo resultar em um risco aumentado do câncer voltar ou ainda na diminuição da eficácia dos tratamentos oncológicos, como a quimioterapia ou radioterapia”, explica  William Nassib William Junior, líder nacional da especialidade tumores torácicos da Oncoclíncias&Co.

Ainda segundo o INCA, fumar durante o tratamento oncológico pode aumentar os efeitos colaterais das terapias, provocando uma redução na qualidade de vida do paciente. “O hábito também contribui para maiores chances de trombose, AVC e infarto nessa parcela”, acrescenta o oncologista.

Embora seja comprovado que cessar o tabagismo promove diversos benefícios, inclusive para quem já tem a doença, o oncologista ressalta que, sem ajuda, ainda é muito difícil deixar o vício. “O ideal é que o paciente oncológico pare de fumar definitivamente, mas sabemos que nem sempre essa é a realidade. Buscar por aconselhamento especializado é o primeiro passo para tratar a dependência e, consequentemente, promover uma melhor qualidade de vida para quem está enfrentando ou já enfrentou o câncer”.

Pesquisa aponta impactos na qualidade de vida de quem fuma

O estudo “Impact of Smoking Status on Health-related quality of life in Cancer Survivors”, publicada na Frontiers, uma das revistas mais prestigiadas de medicina do mundo, usou o índice de Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (HRQoL) em sobreviventes de câncer. Em uma amostra de 39.578 pessoas, foi descoberto que fumantes atuais têm uma qualidade de vida significativamente menor em comparação com não fumantes. E ex-fumantes também mostraram uma qualidade de vida inferior, embora menos acentuada.

“Esse tipo de abordagem é importante pois impacta tanto nas políticas de cessação do tabagismo como também na abordagem em relação ao tratamento oncológico dos tabagistas e ex-tabagistas. Então, tem uma importância para o público geral e para a prática clínica. A gente acompanha a evolução na oncologia e vemos que, cada vez mais, os tratamentos são pensados de forma mais individualizada. Esse também é um fator que entra nessa conta”, aponta uma das co-autoras da análise, Cristiane Bergerot, psico-oncologista e líder da especialidade Equipe Multidisciplinar da Oncoclínicas&Co.

Além disso, segundo Cristiane Bergerot, com um olhar voltado para esses resultados, também é possível pensar em abordagens que reduzem os outros riscos associados ao tabagismo, além do câncer.

Entenda os benefícios de deixar fumar:

  • Em 20 minutos: a pressão arterial e a frequência do pulso voltam ao normal.
  • Em 2 horas: não há mais nicotina circulante no sangue
  • Em 8 horas: os níveis de monóxido de carbono no sangue chegam aos valores normais e o nível de oxigênio aumenta.
  • Em 24 horas: os pulmões já funcionam melhor, e os brônquios começam a limpar os resíduos deixados pelo fumo.
  • Em 48 horas: o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida.
  • De 2 semanas a 3 meses: a circulação sanguínea melhora consideravelmente. Caminhar torna-se mais fácil e a função pulmonar melhora em até 30%.
  • Em 1 ano: o risco de doenças ligadas a males do coração, como infarto, cai pela metade.
  • Em 5 anos: menor risco de acidente vascular cerebral (AVC). O risco de infarto do miocárdio e morte por ataque cardíaco se aproxima daquele de quem nunca fumou.
  • Em 10 anos: o risco de sofrer um infarto será igual ao de quem nunca fumou. Redução dos riscos de câncer de boca, garganta, esôfago, bexiga, rim e pâncreas.
  • Em 15 anos: o risco de desenvolver câncer de pulmão pode igualar-se aos dos não fumantes.

Dentre as principais estratégias, inclui-se a abordagem multidisciplinar que integra suporte psicológico, tratamentos médicos, e mudanças comportamentais. É importante que o plano de cessação seja integrado ao tratamento oncológico e que o paciente conte com o apoio de familiares, amigos e grupos de apoio.


Sobre a Oncoclínicas&Co

A Oncoclínicas&Co. – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 145 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 635 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional. Além disso, a Oncoclínicas passou a integrar a carteira do IDIVERSA, índice recém lançado pela B3, a bolsa de valores do Brasil, que destaca o desempenho de empresas comprometidas com a diversidade de gênero e raça.

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