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Calázio, terçol… quando operar?


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Oftalmologista Luiza Paulo Filho esclarece principais dúvidas

Segundo a Dra. Luiza Paulo Filho, o calázio e o terçol são como se fossem “espinhas na pálpebra” causadas pelo entupimento de uma ou mais glândulas palpebrais responsáveis pela produção da lágrima.

São glândulas que produzem gordura a fim de evitar a evaporação rápida do conteúdo aquoso da lágrima. Quando entopem, a produção gordurosa continua, mas não tem mais por onde escoar. Assim, forma-se uma nodulação inflamada e com um ponto de pus. É uma condição que compromete a lubrificação ocular e resulta em sintomas incômodos, como ardência, vermelhidão e sensação de areia nos olhos.

O Oftalmologista destaca a importância de buscar a orientação de um especialista.

A diferença entre terçol e calázio é que o primeiro costuma ser mais simples com resposta mais rápida ao tratamento, enquanto o segundo demora mais a ser tratado em razão da formação de uma cápsula que retém mais firmemente o pus e a inflamação.

Nos casos mais leves, a Dra. Luiza explica que medidas como pomadas, colírios antibióticos, anti-inflamatórios e compressas mornas costumam resolver o problema.  No entanto, em alguns casos, mesmo com a melhora dos sintomas, é possível sentir à palpação uma pequena protuberância na pálpebra. Neste caso, pode-se apenas acompanhar.

Quando nenhum tratamento local e/ou oral surge o resultado desejado, novas terapias podem ser adotadas como a injeção de corticoide dentro do calázio ou mesmo a microcirurgia.

A Dra. Luiza Paulo Filho tranquiliza aqueles que temem a cirurgia, enfatizando que nem sempre ela é necessária. A decisão de realizar o procedimento é baseada em alguns fatores como o tamanho da protuberância, sua localização e no desconforto estético que ela causa. Em casos mais graves, nos quais a protuberância compromete a visão devido ao peso que exerce sob a pálpebra, a cirurgia é indicada.

Durante o procedimento cirúrgico, realizado geralmente no centro cirúrgico sob anestesia local, a Dra. Luiza explica que é feito um pequeno corte na parte de dentro da pálpebra para remover a “bolinha endurecida”. A incisão é deixada aberta para continuar drenando o pus no pós-operatório, e não é necessário aplicar pontos, tornando o processo mais confortável para o paciente.

“Nem todos os casos de calázio podem ser tratados apenas com colírios e compressas mornas. É importante compreender que, em alguns casos, um procedimento ou cirurgia podem ser necessários, especialmente quando o o nódulo é grande e o desconforto estético é significativo. No entanto, a decisão final cabe ao paciente, a menos que haja um comprometimento da visão, o que exigiria uma recomendação médica”, esclarece Luiza Paulo Filho.

Além disso, a Dra. Luiza menciona a restrição da cirurgia em crianças devido aos riscos da anestesia e à dificuldade de cooperação durante o procedimento. A maioria dos casos de calázio em crianças não requer cirurgia, a menos que a protuberância seja extremamente grande e cause desconforto significativo.

Assessoria

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