Agronegócios
Café: Sem novos fatores de pressão, NY inicia pregão desta 6ª em correção técnica
Compartilhe:
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de sexta-feira (01). O mercado externo realiza movimento de acomodação técnica depois de recuar na sessão anterior acompanhando o câmbio e safra brasileira.
Por volta das 08h22 (horário de Brasília), o vencimento maio/19 subia 55 pontos, cotado a 99,00 cents/lb. Já o vencimento julho/19 avançava 45 pontos, cotado a 101,60 cents/lb e o setembro/19 tinha valorização de 35 pontos, negociado a 104,25 cents/lb.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 396,00 a saca de 60 kg em Guaxupé (MG) e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 374,00.
Veja como fechou o mercado na quinta-feira:
Café: Dólar e chuvas no Brasil voltam a pesar e NY cai para 98 cents/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (28) com queda próxima de 50 pontos. O mercado foi pressionado pela alta do dólar e informações sobre as chuvas no cinturão do Brasil.
O vencimento março/19 recuou 50 pontos, cotado a 95,20 cents/lb e o maio/19 anotou 98,45 cents/lb com 50 pontos de baixa. Já o contrato julho/19 registrou 55 pontos de negativos, a 101,15 cents/lb e o setembro/19 caiu 60 pontos, a 103,90 cents/lb.
Depois de iniciar o dia em alta, estendendo os ganhos da véspera, o mercado do arábica passou a cair no fim da manhã à medida em que o dólar avançava ante o real. Além disso, voltou a pesar sobre os preços as chuvas em áreas de café arábica do Brasil.
Segundo informações do site internacional Barchart, chuvas foram registradas nos últimos dias sobre o cinturão produtivo do Brasil. Em algumas áreas, inclusive, chegaram a receber acumulados de chuva que já superam a média histórica.
“O Brasil teve um ano de grande produção na safra atual, mas a próxima safra [em desenvolvimento] deve ser menor, pois é ciclo de bienalidade negativa. Chuvas são previstas nesta semana, e as condições de produção melhores”, disse o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
A Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé) disse para a Reuters na véspera que a colheita em sua área de abrangência deve começar mais cedo neste ano. A safra ainda está em desenvolvimento e os trabalhos no campo devem começar nos próximos meses.
O câmbio também exerceu importante impacto sobre os preços. O dólar comercial fechou o dia com alta de 0,60%, cotado a R$ 3,7531 na venda, mas atingiu máxima de R$ 3,7585, em dia de fechamento do Ptax. A divisa influência nas exportações do grão.
Mercado interno
Os negócios no mercado brasileiro seguiram bastante isolados. Os preços seguem distantes do desejo do produtor. “De modo geral, as baixas estão atreladas à perspectiva de um novo volume satisfatório na safra 2019/20 no Brasil, mesmo em bienalidade negativa”, noticiou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 423,00 e queda de 0,47%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 400,00 – estável. A maior oscilação foi registrada em Poços de Caldas (MG) com alta de 0,26% e saca a R$ 384,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 – estável. A oscilação mais expressiva ocorreu na Média Rio Grande do Sul com alta de 1,30% e saca a R$ 390,00.
Na quarta-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 397,40 e alta de 0,27%.