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Mato Grosso

Cabeleireira inventou sequestro para cobrir traição e será indiciada por falsa comunicação de crime


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A cabeleireira Alline Figueiredo Cruz, de 28 anos, que saiu de casa na última quarta-feira (17), no Jardim Mariana, em Cuiabá, para fazer um curso e só reapareceu no domingo (22), na Rodovia dos Imigrantes, no bairro São Matheus, em Várzea Grande, inventou um sequestro para encobrir uma traição. A informação foi confirmada ao Olhar Direto pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
 
A cabeleireira saiu de casa na quarta-feira (17) e o marido comunicou a família na madrugada do dia seguinte, já que ela não voltava pra casa. Todos ficaram desesperados e sem dormir durante os dias em que ela ficou sumida.
 
O suposto sequestrador havia entrado em contato com a família, através de um chip que estava cadastrado no CPF de Alline. Durante a investigação a polícia descartava a hipótese de sequestro, já que o suposto sequestrador não chegou a pedir nenhum valor em dinheiro.
 
Ao Olhar Direto, o delegado titular da GCCO, Diogo Santana, confirmou que a história do sequestro foi forjada para cobrir uma traição. Por conta do fato, a mulher será indiciada por falsa comunicação de crime.

Confissão

Segundo relato da mulher, os supostos criminosos a teriam abandonado apenas no domingo, na Rodovia dos Imigrantes.

Contradizendo os relatos da mulher, testemunhas afirmaram tê-la visto com aparência tranquila e tomando cerveja em uma lanchonete, em horário posterior ao desaparecimento/suposto sequestro, acompanhada de um homem. 

Em depoimento na delegacia, Alline confessou que estava durante os quatro dias em companhia de Marcelo de Souza Arruda, que conheceu por uma rede social há aproximadamente um mês. Declarou que na noite de quarta-feira (17) teria ingerido muita bebida alcoólica, fazendo com que perdesse o horário de voltar para casa, de modo a não levantar suspeitas do marido. 

No dia seguinte aos fatos, ela declarou ter tido a ideia de montar um falso sequestro para justificar sua ausência.

Alline (que é casada e mãe de duas crianças) e Marcelo foram, em seguida, para uma propriedade rural em Mimoso, onde permaneceram até a tarde de sábado (20). Ela admitiu que comprou um chip para que fosse feito contato com a família se passando por sequestrador. A ligação foi efetuada por Marcelo.

A mulher também detalhou que rasgou a própria roupa antes de pedir a terceiro para que acionasse a Polícia Militar no domingo (21). O amante também responderá pelo mesmo crime.

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