Justiça
Bunitinho: MP cobra explicação da Polícia Militar
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Policiais do Batalhão de Operações Especias (Bope) utilizaram dois carros descaracterizados para entrar no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, na ação que terminou com a morte de quatro pessoas, na madrugada de quinta-feira, entre elas o humorista Diego Farias Pinto, o Bunitinho. A informação foi confirmada pelo DIA com o Ministério Público, que indagará à corporação qual a norma que regulamenta o uso dos veículos nessas ações. A PM não quis comentar.
Um morador, que afirma ter presenciado a troca de tiros, diz que o carro do humorista foi alvejado, primeiro, por agentes que desceram de um veículo branco. “Eles subiram a pé pela rua e atiraram no carro do Bunitinho, que perdeu o controle e bateu em um poste. Um caveirão subiu atrás e começou a trocar tiros com os traficantes que estavam na parte de cima, que revidaram”, disse, pedindo anonimato.
A dinâmica dos tiros disparados do alto pode explicar os buracos de bala no teto do veículo. No total, foram 19 perfurações. Somente o exame de balística, que ficará pronto em 30 dias, poderá confirmar a trajetória dos tiros, a distância dos disparos e os calibres. As armas dos policiais foram apreendidas.
Em nota, a PM informou que realizou uma operação baseada em informação de inteligência.
Enterrado sob aplausos
O comediante Diego Farias Pinto, o Bunitinho, foi enterrado sob aplausos e gritos do bordão que o deixou famoso — “Sextou!”. Assim, centenas de pessoas se despediram dele no cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste. Além do humorista, morreram também seus dois empresários e um motociclista, que acompanhava o trio. No mesmo cemitério, ontem, a 100m de Bunitinho, foi enterrado Jorge Tadeu, de 42 anos, a quem o humorista se referia como pai.