Mato Grosso
Botelho diz que se exaltou por provocação de Lúdio: “Fez acusações contra mim dizendo que eu estava escondendo um projeto”
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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (União), disse nesta quarta-feira (03), que a discussão entre ele e o também deputado Lúdio Cabral (PT) se deu em razão de uma provocação feita pelo parlamentar petista. Lúdio teria acusado Botelho de esconder um projeto de sua autoria. Tanto Botelho, quanto Lúdio são pré-candidatos a prefeito de Cuiabá nas eleições de outubro deste ano.
“O deputado Lúdio chegou fazendo acusações contra mim, dizendo que eu estava escondendo um projeto. E eu disse que não estou escondendo, que o projeto vai ser votado. E ele continuou insistindo nisso e veio para a presidência e eu fui um pouco ríspido com ele para que fosse assumir a posição dele, sentasse no lugar dele e aguardasse a vez dele de falar”, esclareceu Botelho em coletiva à imprensa.
O projeto em questão propõe que seja feita uma licitação para definir quem administrará o BRT e ainda propõe que o valor da passagem seja de R$ 1 pelo período de cinco anos com o Governo do Estado pagando a diferença.
“O projeto é importante ser discutido, debatido. Ele fez duas clausulas no projeto: uma que tem que ter licitação. Eu já pedi licitação, eu aprovo a licitação para o BRT. Acho que é lógico isso, mas aí ele colocou outro item de que a passagem vai ser um real. Eu falei: ‘então leva para as comissões para discutir verdadeiramente’, com verdade isso nas comissões para ver de onde vai sair, ver se é viável, não fazer só demagogia, mentira. É isso que eu não vou aceitar”, disse Botelho.
Durante sessão ordinária do Legislativo Estadual, Lúdio foi até o presidente da Casa de Leis e disse algo que o deixou irritado. Os dois chegam a apontar os dedos um na cara do outro. Botelho chega a empurrar Lúdio, que se desequilibra. Uma servidora e o deputado estadual Beto Dois a Um (União) separaram os dois parlamentares.
Lúdio havia pedido que o projeto tramitasse em regime de urgência urgentíssima, isto é, de forma mais do que rápida. Botelho ainda chegou a dizer que mesmo que o projeto não fosse aprovado, seria enviado para as comissões para que o tema fosse discutido com a profundidade que o assunto demanda.
“Não dá pra nós aprovarmos um projeto com demagogia, com mentira, pra enganar o povo só porque é período eleitoral, dizer: ‘olha, eu aprovei um projeto que vai ser um real’. Sabe que é algo que pode ser inviável. Então, não adianta nós virmos com essas mentiras, com essas demagogias. Não é por aí”, pontuou.
“Eu sempre respeitei todo mundo aqui, inclusive a oposição. Quem mais deu voz pra oposição aqui dentro fui eu. Eu que mais deixei espaço pra ele (Lúdio), mais do que ninguém. Pra ele, sempre fiz isso, então eu exijo que me trate com respeito também”, concluiu.
Entenda a confusão
Lúdio cobrou o presidente do Parlamento a votação em urgência do projeto sobre o BRT, já que conseguiu 11 assinaturas dos deputados.
Contudo, quando o projeto foi à votação, Botelho pediu a recontagem das assinaturas, e os deputados da base aliada do governo Mauro Mendes (União) começaram a pedir as retiradas das assinaturas. Com as retiradas, a proposta ficou apenas com o apoio do deputado Wilson Santos (PSD).
Além da obrigatoriedade da licitação, o projeto de lei apresentado por Lúdio ainda fixa o valor da tarifa em R$ 1 pelo período de cinco anos.