Rondônia
Bombeiros que salvaram bebê que nasceu em vaso sanitário são homenageados em RO
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O cabo Rômulo César Pedro e o soldado Luan Palmeira do Nascimento foram homenageados pela Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) na manhã desta quarta-feira (24), em Vilhena (RO). Os bombeiros resgataram um bebê prematuro, que nasceu em um vaso sanitário. A criança ficou submersa na água por cerca de 10 minutos e estava sem os sinais vitais. Porém, ela voltou a respirar depois de técnicas empregadas pelos militares.
A cerimônia aconteceu no 3º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Vilhena, com a presença de diversas autoridades. A Sesdec homenageou os militares com um certificado de destaque operacional. “Essa é uma forma de valorizar e reconhecer o trabalho realizado pelos militares”, ressaltou o secretário da Sesdec, Coronel PM José Hélio Pachá.
O nascimento da criança prematura aconteceu na semana passada. Os militares aplicaram técnicas de tapotagem, para desobstruir as vias respiratórias, e massagem cardíaca. Após várias tentativas, conseguiram reanimar o bebê.
“No momento do socorro, nem verifiquei o sexo do bebê, pois minha prioridade era fazer os procedimentos necessários para que a criança voltasse a ter sinais vitais. Mas dizem que as mulheres são mais resistentes”, destacou o cabo Rômulo César.
A bebê, chamada Antonielle, foi levada de avião para Porto Velho, onde continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O estado de saúde dela é considerado estável. “Antonielle, você é guerreira. Você veio ao mundo para fazer a diferença”, enfatizou o cabo.
O soldado Luan Palmeira do Nascimento não pôde comparecer à cerimônia, mas também receberá o certificado.
Caso
Segundo a corporação, uma mulher ligou para o Corpo de Bombeiros e disse que havia uma adolescente em trabalho de parto prematuro. O soldado Luan Palmeira do Nascimento e o cabo Rômulo César Pedro foram até o endereço.
A garota ainda estava no vaso sanitário, com o cordão umbilical ligado ao bebê. A criança estava submersa na água há cerca de 10 minutos, segundo a jovem. Os militares retiraram a adolescente do vaso e começaram a aplicar técnicas de reanimação no bebê.
“Tinha muito sangue no vaso. A criança estava roxa, sem os sinais vitais. Comecei a fazer a técnica da tapotagem, com dois dedos nas costas, para desobstruir as vias respiratórias. Com isso, começou a sair secreções. Depois, com os dois dedões, fiz a massagem cardíaca, segurando a cabecinha ao mesmo tempo”, disse o cabo Rômulo César, em entrevista na semana passada.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a adolescente contou que ficou com medo de retirar a criança da água. Ela disse também que estava grávida de sete meses, não havia feito acompanhamento de pré-natal e não sabia o sexo da criança.
“Fiz esses procedimentos por 15 a 20 minutos no local, até que ela deu o primeiro espasmo. Continuei fazendo, até que ela começou a respirar pela boca. Na viatura, ela parou de novo e continuei fazendo massagem cardíaca até o hospital. Quando desci da viatura, vi que o bebê tinha voltado à coloração normal”, relatou o cabo na ocasião.
A adolescente e a bebê foram levadas para o Hospital Regional. No dia seguinte, a menina prematura foi transferida de avião, em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, para Porto Velho.
Segundo o Hospital Regional, a criança foi acompanhada pelos pais na aeronave.