Direto de Brasília
Bolsonaro diz que analisará ofício ao TSE e pede “apuração”
Compartilhe:
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (10/6) que vai analisar o ofício enviado pelo Ministério da Defesa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as respostas técnicas apresentadas pela Corte às Forças Armadas sobre as eleições deste ano.
Em conversa com a imprensa, em Los Angeles, nos Estados Unidos, o chefe do Executivo federal disse que pretende se reunir com o ministro da pasta, Paulo Sérgio Nogueira, quando retornar ao Brasil, na próxima semana. Ele ainda voltou a defender uma “apuração simultânea” no pleito de outubro.
“Chegando no Brasil, eu vou conversar com o ministro da Defesa, para que ele me explique também o que aconteceu, com o seu corpo técnico”, declarou.
“Não podemos ter eleições, como está lá no ofício, no final, que eu li, sob o manto da desconfiança. E dá tempo. Não se fala no ofício em voto impresso, pelo o que eu vi, questões técnicas apenas. Uma muito importante que foi da sugestão de uma apuração simultânea. Não sei porque não aceitam isso”, acrescentou.
Velha novela, novo capítulo
O documento representa novo capítulo das divergências entre a Justiça Eleitoral e os militares, convidados pelo então presidente do TSE, Edson Fachin, para participar da chamada Comissão de Transparência Eleitoral (CTE).
Desta vez, além de enviar novas sugestões, que não foram divulgadas até o momento, o ministério faz uma série de reclamações. Em especial, sobre a forma com que o TSE conduz os debates a respeito da segurança do pleito.
Nogueira diz que a Justiça Eleitoral parece não querer “aprofundar” a discussão “técnica” sobre a segurança das urnas eletrônicas, principal reclamação do presidente Jair Bolsonaro.
“Até o momento, não houve a discussão técnica mencionada, não por parte das Forças Armadas, mas pelo TSE ter sinalizado que não pretende aprofundar a discussão”, afirma.
No ofício, o ministro ainda pede novas rodadas de discussões entre as equipes técnicas dos militares e do TSE. “Reitero que as sugestões propostas pelas Forças Armadas precisam ser debatidas pelos técnicos”, sustenta.
Matogrossomais.com.br