Agronegócios
BOLETIM AGRO: Com participação direta da China, exportação de frango tem bons resultados em 2019
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Olá, eu sou o Raphael Costa e esta é mais uma edição do Boletim Agro. Na edição de hoje, trazemos os principais destaques do agronegócio.
Para começar, vamos lembrar que a China segue sendo um importante aliado nas negociações do agro brasileiro. Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal, as exportações de frango estão tendo bons resultados no ano e parte disso é por conta das compras da China.
Quem vai comentar sobre esses números, além de abordar outros temas, é a jornalista Carla Mendes, do Notícias Agrícolas.
Seja bem-vinda, Carla.
“De janeiro a julho de 2019 o Brasil avançou 5,8% nas exportações de carne de frango e atingiu a marca de 2,4 milhões de toneladas, segundo dados da ABPA. O maior impulso vem da China, um dos nossos principais compradores, justamente por conta do problema da peste suína africana, ainda acometendo plantéis chineses o que faz com que a necessidade de importação, não só de carne suína, mas de proteína animal de uma forma geral, seja muito maior esse ano. Em todo o ano comercial, nós temos em receita mais de R$ 4 bilhões acumulados.”
E não é apenas a exportação de frango que tem garantido bons resultado para o Agro brasileiro. Os produtores de tomate também têm motivos para comemorar. Mesmo com preços baixos no início do ano, a rentabilidade no primeiro semestre de 2019 é maior que do ano passado. É isso mesmo, Carla?
“Em abril de 2019, por exemplo, a caixa do tomate salada 2A, que é um tipo bastante comum teve o preço médio de R$ 82,72. O que é um valor 93% superior ao valor do ano passado. E com esse acúmulo e ganhos entre abril e junho, nós tivemos um preço médio de R$ 76 por saca, é claro que durante todo o ano se acumula um saldo positivo. Mais do que isso, vemos a região de Sumaré, no estado de São Paulo, uma das principais regiões produtoras do pais, com tomaticultores registrando uma rentabilidade de 60%.”
Outro tema quente, é que IBGE divulgou um levantamento que diminuiu a previsão da produção da safra de café. A safra atual , segundo a consultoria Safras & Mercado, já ultrapassou os 90%.
“O IBGE trouxe essa redução para 52,1 milhões de sacas de café. Lembrando que esse ano nós teremos uma safra baixa, como é típico da cultura, uma safra alta e outra baixa. Para o café arábica somente, a produção foi estimada em 36,7 milhões de sacas, o que representa uma queda de 1,4% com relação a estimativa anterior.”
Ainda falando de grãos, o plantio de milho para a próxima safra deve atingir novos recordes. A estimativa foi feita pela Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab. Nos fale mais sobre essa perspectiva de marcas quebradas, Carla.
“A perspectiva é de que vejamos um aumento de 3,46% no plantio de milho no Brasil, diante das perspectivas de que o país feche 2019 com exportações recordes desse grão, justamente por conta da quebra da safra norte americana. Exportando mais, com excedente menor, o produtor menor tende a estender a sua área, já na passagem de verão inclusive. Isso permitiria ao Brasil se consolidar como segundo maior exportador de milho do mundo, atrás somente dos Estados Unidos.”