Agronegócios
Boi subirá mais com novas plantas liberadas à China só na safra de 2020 por oferta maior de animais velhos
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As razões para a manutenção dos preços melhores do boi gordo seguem dentro do padrão de oferta menor e até avanço da carne no atacado (mais de 1,45% em setembro) – mostrando que os frigoríficos mantêm demanda com o varejo suportando, ainda que nos limites fracos da economia brasileira. Mas os efeitos nos preços com as novas plantas liberadas pelos chineses vão ser sentidos mais a frente, em especial no primeiro semestre de 2020.
Na avaliação de Caio Toledo Godoy, analista de risco da INTL FC Stone, os animais específicos requisitados por China – até 30 meses e máximo de quatro dentes – saem em volume menor nos primeiros meses do ano, especialmente de fevereiro a maio. Justamente por ser período da safra de pasto, a disponibilidade mais folgada é de bois mais velhos.
Apesar de ter contado ao Money Times, conforme publicação na manhã de hoje (veja em Leia também), que já tem negócios efetivados entre China e pelo menos uma planta, e da expectativa de mais 61 mil toneladas serem embarcadas até dezembro pelas 17 novas unidades, os ganhos na @ deverão ser mais comedidos.
Detalhe chamado a atenção por ele é que as unidades frigoríficas que agora tiveram o aval chinês, que se somarão as 15 até hoje aptas, estão todas no Centro-Oeste e Pará, onde a pressão da oferta menor não é tão acentuada com em São Paulo.
A concorrência pelo boi certamente aumentará nessas regiões, mas com pico mesmo em 2020.