Saúde
Boca x pernas: quem vence a disputa na balança calórica?
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Quando o assunto é perder ou mesmo controlar o peso corporal, invariavelmente volta a ser discutida a comparação entre calorias gastas em atividades físicas e calorias consumidas na alimentação. Ninguém ignora certa “injustiça” que constatamos quando comparamos o valor calórico de certos alimentos e o valor calórico de determinadas atividades físicas. O gasto calórico de aproximadamente uma hora de atividade física como pedalar, andar, entre outras, é praticamente “anulado” por uma sobremesa saborosa.
Para perder peso, a ciência já demonstrou que precisamos sempre tentar atuar dos dois lados da balança calórica. Ou seja, tanto procurar aumentar o gasto calórico médio diário (com uma vida mais ativa), quanto diminuir a ingestão de calorias, principalmente corrigindo a alimentação.
A causa das maiores dificuldades em se conseguir perder peso é a interpretação errada dos efeitos de intervenções dos dois lados da balança calórica. Tanto existe a tendência de supervalorizar os efeitos das atividades físicas, como também existe muitas vezes uma falta de informação básica sobre o valor calórico de certos alimentos.
Muitas pessoas que começam um programa de exercícios começam a “se dar o direito” de ingerir mais calorias por conta de um crédito que acreditam ter adquirido pela prática de certas atividades, geralmente superestimando o valor calórico dos exercícios físicos. Por outro lado, existe também uma falta de informação correta sobre o valor calórico de certos alimentos. Existem erros básicos muito comuns, como por exemplo, “fruta não engorda”, além da frequente situação de subestimar a repercussão da ingestão frequente de certos alimentos em pequenas quantidades, várias vezes ao dia, como a quantidade total de açúcar ingerida em vários cafezinhos.
Perder peso requer disciplina, correção de hábitos errados e o respeito ao corpo, não impondo nenhuma atitude agressiva e contundente como uma restrição calórica radical, que certamente irá provocar um efeito “rebote” indesejado. É também muito importante obter as informações corretas sobre exercícios e nutrição, não incorrendo nos erros acima citados, pois sempre vale lembrar que “a boca é mais rápida que as pernas”.