Acre
Blogueira do Acre perde guarda da filha que está em SP com pai após ele entrar com recurso na Justiça
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A batalha judicial que a digital influencer do Acre, Ludmilla Cavalcante, trava para recuperar a guarda da filha Antonella, de 3 anos, teve um resultado negativo para a blogueira, após anos de luta. Em live nas redes sociais nessa terça-feira (31), ela desabafou sobre a decisão do judiciário paulista, que aceitou apelação do pai da menina e tirou a guarda da mãe.
Em outubro de 2021, Ludmilla divulgou, também pelas redes sociais, que tinha conseguido ganhar a guarda unilateral da menina após decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo. Mas, o pai da criança recorreu e obteve decisão favorável, segundo a influenciadora, em votação foi unânime.
A criança está com o pai no interior do São Paulo (SP), onde ele mora, desde setembro de 2020. E, desde então, Ludmilla travou uma batalha judicial para conseguir a guarda da filha, com quem só consegue falar por chamadas de vídeo. O g1 tentou contato tanto com a influenciadora como com o pai da criança, mas não obteve resposta até última atualização desta reportagem.
Com a hashtag #justiçaporantonela, a blogueira fez uma campanha na internet, que teve repercussão nacional. Desde então, ela mantém os seguidores informados sobre a tramitação do processo, que corre em segredo de Justiça.
Antonella está com o pai em SP desde setembro de 2020 e Ludmilla tenta trazê-la de volta para o Acre — Foto: Arquivo pessoal
Pelas redes sociais, a influenciadora diz que a justificativa da decisão é que “a criança já está há quase 2 anos aos cuidados do genitor, a mãe pode manter contato por forma digital. Antonella tem dois irmãos em São Paulo, que não podem se afastar. E ela já tem uma figura materna.”
Em outra postagem, Ludmilla desabafou que o laudo técnico psicossocial da psicóloga e do assistente social foram desconsiderados na nova decisão judicial e afirmou que já está em contato com advogados para entrar com recurso contra a decisão.
“Temos uma decisão em 1º grau de guarda unilateral e três pareceres da Procuradoria-Geral de São Paulo ao meu favor. Nada, absolutamente, nada, a favor do genitor. Um processo cujo todas as informações importantes levadas aos autos foram ignoradas, laudos técnicos ignorados, manifestações do MP ao meu favor ignoradas e do nada o genitor consegue uma V.U e reverte a guarda pra ele. Vocês acham mesmo isso normal?”, publicou.
Ludmilla trava batalha judicial para recuperar guarda da filha — Foto: Arquivo pessoal
Batalha judicial
Ludmilla contou que em setembro de 2020 foi combinado que o ex-companheiro ficaria com Antonella até o parto da segunda filha, em novembro de 2020. Após o nascimento da segunda filha, Ludmilla disse que passou a pedir para o ex que a filha voltasse para Rio Branco para ficar com ela. Foi aí que descobriu que, em menos de um mês, o homem tinha conseguido a guarda provisória e a menina não voltaria.
A influenciadora e o pai da menina tiveram um relacionamento de mais de dois anos. Ele, que mora no interior de São Paulo, sempre visita o Acre a trabalho e, segundo informou à reportagem, é casado e tem família no estado paulista. Ele conheceu a jovem acreana em uma festa, se relacionaram e ela engravidou de Antonella. A criança foi registrada, mas os pais não seguiram no relacionamento.
Após um tempo, o ex-casal teve uma recaída e Ludmilla acabou engravidando novamente. A influencer contou que entrou na Justiça para pedir o reconhecimento de paternidade da segunda filha. Já o pai alegou que pediu o exame de DNA para comprovar a paternidade. Em maio do ano passado, ela voltou a movimentar a web ao contar que resultado do teste de DNA deu negativo e, aem aceitar, deu a entender que o resultado estava errado e que iria pedir uma contraprova.
Em nota enviada ao g1 na época do resultado do exame de DNA, o empresário Angelo Márcio Calixto Bonamigo afirmou que, desde o início, tanto ele quanto Ludmilla sabiam que ele não poderia ser o pai da criança, porque cortaram qualquer tipo de contato físico desde o nascimento da primeira filha. Ele informou que o laboratório onde foi feito o exame foi escolhido “aleatoriamente, sem nenhum vínculo com as partes”.