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Baixa umidade: período pede mais hidratação no Distrito Federal


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Confira dicas da médica Carolina Gambeta, do Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia (Iborl) e evite problemas mais sérios durante o período mais seco do ano. Sinais de desidratação podem aparecer em vias respiratórias e até pele

A baixa umidade relativa do ar vem preocupando os brasilienses, ainda mais depois que a Defesa Civil declarou estado de emergência, após o Distrito Federal registrar índice de 10%, no último domingo. Apesar do aumento para 25% nesta quarta-feira (15/08), de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o clima seco ainda requer cuidados e atenção aos sintomas que caracterizam a desidratação.

Médica do Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia (Iborl) Carolina Gambeta destaca que o nível considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é no mínimo 30%, índice que não traz prejuízo à saúde. Ela ressalta que é muito importante manter o corpo bem hidratado para não sofrer com problemas mais sérios, como a desidratação grave, que pode ser letal.

“Existem sinais e sintomas de alerta para desidratação: boca seca, urina escura e em menor volume, ressecamento das mucosas nasais e oculares, olhos fundos, taquicardia, dores de cabeça, fraqueza, sonolência, confusão mental, queda da pressão arterial e sede”, explica Carolina.

De acordo com a especialista, a sede é um sinal de desidratação. Ela alerta que é importante não esperar ter sede para beber água. “O mecanismo da sede é um dos nossos instintos menos eficazes, porque quando a sentimos, já estamos desidratados”, complementa.

Carolina aponta que é preciso ficar ainda mais atento a esses sinais especialmente com crianças, gestantes e idosos. Segundo a otorrinolaringologista, os idosos têm diversos fatores que colaboram para rápida desidratação: mecanismo da sede praticamente nulo, dificuldade de locomoção, dificuldade de deglutição, redução da memória, incontinência urinária levando-os a evitar a ingestão de líquidos, entre outros. Por isso, devem ser monitorizados sobre a ingestão hídrica.

Confira dicas da especialista e evite problemas:
– Beba água! A quantidade vai variar de acordo com o peso (média de 50ml/kg) e situações de maior necessidade. Por exemplo, quando fazemos muita atividade física temos uma maior necessidade de água, por isso, é importante a hidratação extra, antes e após a atividade. Outras situações seriam: infecções bacterianas ou virais, dietas restritivas (grande parte a água que ingerimos provém dos alimentos), hipertireoidismo, sudorese excessiva, febre e uso de diuréticos. Nesses casos nossa necessidade de água aumenta ainda mais.

– Hidrate a pele e os lábios com loções hidratantes. Perdemos água através da evaporação cutânea e rachaduras podem predispor infecções secundárias.

– Hidrate as mucosas nasais e oculares com soro fisiológico. A limpeza nasal natural através da função mucociliar do nariz é prejudicada pela baixa umidade do ar, o que faz com que a limpeza do nasal com soro fisiológico seja ainda mais importante neste período, auxiliando também na prevenção de infecções respiratórias tão comuns durante o inverno.

– Evite a prática de atividade física entre 10h e 16h, preferindo períodos de maior umidade relativa do ar.

– Umidificadores devem ser utilizados com cautela. Para que sejam benéficos é importante que sejam higienizados diariamente, que se utilize água limpa, que fiquem longe de cortinas e tapetes e que fiquem ligados por um curto período, idealmente 4 horas antes de dormir.

– Lave as mãos e o nariz, evite locais de aglomeração, isso irá nos proteger das infecções respiratórias e consequentemente da piora da desidratação.

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