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Avião faz pouso forçado e para em lagoa na Micronésia
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Todos os 35 passageiros e 12 tripulantes sobreviveram ao pouso forçado de um Boeing 737 na manhã desta sexta-feira, em uma lagoa do Pacífico, no arquipélago da Micronésia. O grupo precisou atravessar a água na altura da cintura para chegar às saídas de emergência do avião e, em seguida, foi resgatado em barcos de moradores na região.
Segundo o inspetor de segurança em aviação do governo dos Estados Federados da Micronésia, Glenn Harris, o voo partiu da ilha de Phonpei, a cerca de 700 quilômetros leste do local do acidente, antes de acabar na água, por volta das 10h (no horário local). Para o especialista, a ausência de mortes foi “muita sorte”. Sete pessoas foram levadas ao hospital, segundo funcionários do governo, incluindo um paciente cuja condição é crítica, mas estável.
De acordo com o passageiro Bill Jaynes, o avião perdeu altitude na tentativa de pousar no aeroporto da ilha Chuuk. “Pensei que tivéssemos tido um pouso duro”, disse. “Então olhei, vi um buraco na lateral do avião e água estava entrando”.
Jaynes disse que os comissários de bordo entraram em pânico e começaram a gritar. Apesar disso, todos conseguiram sair da aeronave com segurança. “Eu fiquei realmente impressionado com os moradores locais que imediatamente começaram a sair em barcos (para ajudar no socorro)”, disse.
A sequência de eventos que levou o avião à lagoa ainda é incerta Segundo Jaynes, o avião teria chegado ao chão apenas no final da pista e então continuado até a água. No entanto, a companhia aérea disse que o avião pousou no início da pista.
A lista de passageiros ainda é desconhecida, mas neste itinerário costumam voar empresários da Micronésia, Papua Nova Guiné e Austrália, bem como turistas.
Segundo o inspetor Harris, ainda não se sabe o que causou o pouso forçado ou se os pilotos chegaram a alertar o controle aéreo sobre qualquer problema no voo. Ele afirmou que uma equipe de investigação irá ao local no sábado, dia 29, para tentar entender o que deu errado.
Em comunicado, a companhia aérea relatou que o tempo estava ruim no momento do acidente, com chuva forte e visibilidade reduzida. A empresa afirmou estar se esforçando para garantir a segurança contínua dos passageiros e atender suas necessidades imediatas. Disse também estar em contato com embaixadas, representantes de passageiros, familiares da tripulação e demais partes interessadas.
A Air Niugini é a companhia nacional de Papua Nova Guiné e opera desde 1973. A empresa identificou o voo como PX 073, com o número de registro P2-PXE. Históricos do avião mostram que fez voos recentes para Manila, Sidney e Cingapura.
A rede da Air Niugini está concentrada em todas domésticas ligando a capital, Port Moresby, a pontos isolados no arquipélago de Papua Nova Guiné, mas chega a voar também até Tóquio e Hong Kong. Sua frota inclui jatos Boeing 767 e 737 para rotas internacionais e aeronaves Fokker F-100, Q400 e Dash 8 para voos locais.