Agronegócios
Avanço no milho, lentidão na soja e algodão; veja como está a comercialização das commodities
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O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou os novos dados referentes à comercialização das commodities do Estado. De acordo com o Instituto, apenas o milho tem apresentado bons desempenhos na comercialização, uma vez que há lentidão na venda da soja e do algodão.
De acordo com o boletim, em julho as vendas do milho no mercado disponível avançaram 6,1% alcançando 83,2% da safra 18/19. No mesmo período as negociações da soja avançaram apenas 3%. No entanto, 87% da produção da oleaginosa já foi negociada. O algodão teve resultado ainda mais tímido, pois a comercialização da safra 18/19 avançou apenas 1,7%, alcançando 79,4% da produção.
Com a constante queda na bolsa de Nova York, as negociações da pluma mato-grossense sofreram uma desvalorização, sendo cotada a um preço médio de R$ 73,6 a arroba.
Já a soja apresentou queda de 0,6% em julho, ficando em R$ 65,1 a saca. Quanto ao milho, parte dos negócios foram destinados ao mercado interno com preço médio de R$ 22,4 a saca.
Safra futura
Para a safra 19/20 da soja – cuja semeadura começa no próximo mês – o preço médio da saca ficou em R$ 64,7 em julho, valor que representa queda de 0,6% ante ao mês anterior.
Cenário justificado pelos momentos de incerteza no cenário político interno, e pela insegurança decorrente do conflito entre Estados Unidos e China. Além disso, a baixa nos prêmios para os contratos futuros durante julho ocasionou o recuo nas cotações. Contudo, as expectativas são de melhoras, já que houve recuperação dos preços no início do mês.
As vendas do milho alcançaram 32,3% da produção, após um avanço mensal de 5,7%. No período, “os produtores aproveitaram o momento para realizar o travamento de custos e garantir a comercialização antecipada do produto”, apesar da queda do dólar e das cotações na Bolsa de Chicago, o que refletiu em um preço médio comercializado de R$ 22,9 por saca, aponta o Imea.
Semelhante ao milho, o algodão também enfrentou desvalorização, mas na bolsa de Nova York somado ainda a queda do preço da pluma no Estado. Essa situação foi influenciada pela intensificação da guerra comercial entre as principais potências globais, China e Estados Unidos, aliada ao aumento da estimativa de estoque mundial, diz o Instituto.
O Imea ainda diz que a safra está sendo colhida, os produtores do Estado têm priorizado as entregas dos lotes já vendidos, “na esperança de melhores preços nos próximos meses. Assim, é importante que o cotonicultor fique atento ao mercado e suas variações, visto que a moeda norte-americana nos últimos dias se valorizou em relação ao real”.