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Aumentam para 21 as mortes provocadas pela dengue em Mato Grosso


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Em meio à preocupação das autoridades de Vigilância em Saúde, com o ressurgimento recente do sorotipo 3 do vírus (DENV3) da dengue no Brasil, que há mais de 15 anos não causa epidemias no país, balanço epidemiológico disponibilizado na sexta-feira (24), pela Secretaria de Estado de Saúde, mostra o avanço da doença em Mato Grosso.

No Estado, já são 27.105 casos confirmados e 21 óbitos provocados pela dengue, neste ano.

No documento anterior, eram 26.460 confirmações e 16 mortes.

Com incidência de 759,8 casos para 100 mil habitantes, Mato Grosso apresenta alto risco de transmissão de dengue.

Essa condição também é verificada em 99 dos 141 municípios mato-grossenses, três a mais do que o apontado no informe anterior.

Dezesseis municípios têm óbitos confirmados.

São eles: Barra do Garças (1), Campo Verde (1), Canabrava do Norte (1), Colíder (2), Diamantino (1), Figueirópolis d’Oeste (1), Gaúcha do Norte (1), Guarantã do Norte (1), Juína (2), Nova Santa Helena (1), Novo Horizonte do Norte (1), Poxoréo (2), Primavera do Leste (2), Rondonópolis (2), Sapezal (1) e Sinop (1).

Oito mortes seguem em investigação no Estado.

SOROTIPOS – Neste ano, casos da infecção decorrentes do sorotipo 3 foram registrados em Roraima, Paraná e, mais recentemente, em Votuporanga (SP).

Divulgado em maio passado, um estudo coordenado pela Fiocruz Amazônia e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) já mostrava o ressurgimento do DENV3 em nível nacional.

De acordo com a fundação, essa circulação acende o sinal de alerta quanto ao risco de uma nova epidemia da doença causada por esse sorotipo viral.

Além disso, o clima favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Em relação a estas duas enfermidades, Mato Grosso tem baixo risco de contaminação.

O vírus da dengue tem quatro sorotipos. Segundo a Fiocruz, a infecção por um deles gera imunidade contra o mesmo sorotipo, mas é possível contrair dengue novamente, se houver contato com um sorotipo diferente.

O risco de uma epidemia com o retorno do sorotipo 3 ocorre por causa da baixa imunidade da população, uma vez que poucas pessoas contraíram esse tipo de vírus, desde as últimas epidemias registradas no começo dos anos 2000.

Existe ainda o perigo da dengue grave, que ocorre com mais frequência em pessoas que já tiveram a doença e são infectadas novamente por outro sorotipo.

 

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