Meio Ambiente
Atividades gratuitas celebram os 211 anos do Jardim Botânico do Rio
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O fundador do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), D. João VI, recebeu os visitantes no dia da festa que comemorou os 211 anos do instituto de pesquisa. Um esquete com o personagem contando a história do JBRJ foi uma das atrações da programação especial de aniversário, que teve entrada gratuita, uma tradição da instituição.
A celebração também incluiu sorteio de plantio e atividades culturais, além de uma visita a exposição Herbário: coleção e ciência. Logo após a esquete teatral, que reuniu visitantes e alunos de uma escola da rede pública de ensino, foi feito um sorteio de cinco mudas para serem plantadas no local. Os sorteados poderão acompanhar ao longo dos anos o crescimento da planta, deixando um legado para as futuras gerações.
Fundado no dia 13 de junho de 1808, a partir da decisão do príncipe regente português de instalar no local uma fábrica de pólvora e um jardim para aclimatação de espécies de outras partes do mundo, o Jardim Botânico tem uma área de visitação de 54 hectares, ou 540 mil metros quadrados.
Hoje, o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, nome que recebeu em 1995, é um órgão federal vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. Possui 7 mil exemplares de 2,5 mil espécies de plantas. A diretora de Conhecimento e Tecnologia da instituição, Lídia Vales, explica que espécies ameaçadas de extinção na natureza podem ser encontradas entre os itens que compõem a coleção viva do Instituto.
“Um diferencial do Jardim Botânico do Rio de Janeiro é que você tem espécies de muitas partes do mundo. Então isso é um valor que os canteiros têm. E cada vez mais a coleção do Jardim Botânico cresce com as espécies ameaçadas de extinção, com isso você garante a existência dessa espécie, está aqui no Jardim Botânico, caso seja extinta na natureza”.
Símbolo do local, a alameda principal, com imponentes palmeiras imperiais, chama a atenção de quem passa pela Rua Jardim Botânico número 1.008, na zona sul da cidade. A diretora destaca que o espaço, um dos mais importantes centros de pesquisa mundiais na área de botânica, é um “oásis urbano” que convida o visitante a passear pelo amplo parque, integrado com a floresta.
“O Jardim Botânico do Rio de Janeiro é um instituto de pesquisa botânica, isso aqui é uma coleção viva, que tem valor patrimonial e científico. O Jardim Botânico é um oásis dentro do urbano, tem essa característica que eu acho muito interessante, ele está pressionado pelo urbano, mas é uma intermediação com o Parque Nacional da Tijuca. As pessoas vêm aqui e ficam encantadas”, explicou.
O Jardim Botânico do Rio recebe em média 600 a 650 mil visitantes por ano.
*Colaborou Lígia Souto, repórter do Radiojornalismo EBC