Mato Grosso
Associações indígenas de MT são beneficiadas com R$ 143 mil para implantação de projetos
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Comunidades indígenas e de seringueiros, localizadas nos municípios da região norte de Mato Grosso foram selecionadas na 1ª Convocatória de projetos do Programa CASA Amazônia e devem receber R$ 143 mil do Fundo Casa para serem investidos nos projetos desenvolvidos nestes locais.
Associação Indígena Rikbaktsa Tsirik é uma das contempladas e deve investir o recurso na produção de castanha. Com o projeto “Pitsikoso”, que significa produção de castanha na língua Rikbaksta, a associação vai fortalecer a geração de renda para 80 famílias.
A comunidade, que fica no município de Juara, a 690 km de Cuiabá, está inserida no Plano de Gestão Territorial e Ambiental da Terra Indígena Japuíra que, com o apoio do programa Pacto das Águas, mantém a subsistência dos índios Rikbaksta.
“Ficamos muito felizes pela convocação, pois assim, vamos contribuir ainda mais para o fortalecer a organização social dos povos da floresta”, comentou Emerson de Oliveira, coordenador técnico do Pacto das Águas.
Já na Reserva Extrativista Guariba Roosevelt, duas associações, localizadas nos municípios de Aripuanã e Colniza, também foram contempladas com os recursos. A Associação dos Moradores Agroextrativistas da Resex Guariba Roosevelt Rio Guariba (Amorar) vai investir na Casa de Farinha do Seringal.
Dessa forma, os associados vão fortalecer a cadeia produtiva da farinha de mandioca, uma estratégia de diversificação da geração de renda para os associados, que já produzem castanha e borracha natural.
Comunidade vai investir recursos na produção de farinha — Foto: Pacto das Águas/Assessoria
Outro projeto contemplado nessa região, tem como foco os jovens da reserva, que abrange os município de Juara, Cotriguaçu e Brasnorte.
O projeto da Associação dos Moradores Agroextrativistas da Resex Guariba Roosevelt Rio Roosevelt (Amarr) se chama Gerações de Guardiões da Floresta, e vai trabalhar atividades de inclusão social e tecnológica nas escolas da Resex. A ideia é promover conhecimento socioambiental e tecnológico e incentivar a permanência de jovens na comunidade.
Na Associação Indígena Abanatsa (Aiaba) o projeto aprovado foi o Jurupará-A, que significa a ponta da lança, na língua Rikbaktsa. Com os recursos, a comunidade que fica no município de Cotriguaçu, poderá desenvolver atividades previstas no Plano de Gestão Territorial e Ambiental da Terra Indígena Escondido, que inclui a ampliação na produção de castanha nativa e a diversificação de produtos.
No final do ano passado, o trabalho desenvolvido nessas comunidades recebeu o Selo Nacional da Agricultura Familiar, uma iniciativa do governo federal que identifica os produtos vindos da agricultura familiar e de comunidades tradicionais e indígenas, permitindo ao consumidor rastrear a origem dos produtos.