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Assistente social do IML cria núcleo para ajudar famílias que perderam parentes de forma violenta no Acre


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Em 2 anos, núcleo atendeu 300 famílias. Assistente social diz que faz a ponte entre famílias de baixa renda e prefeituras para terem acesso ao auxílio-funeral.

Após a morte de um ente querido de forma violenta, familiares precisam ir até o Instituto Médico Legal (IML) para a liberação do corpo. Muitos são de baixa renda e acabam precisando solicitar o auxílio-funeral para a compra da terra e caixão. É aí que entra o trabalho da assistente social Maria das Graças Monteiro, de 50 anos.

Vendo a necessidade de ajudar essas famílias que, na maioria das vezes, não sabem nem por onde começar a buscar o auxílio que é dado pelas prefeituras, ela resolveu criar o Núcleo de Apoio às Famílias das Vítimas de Morte Violenta. Em 2017, o projeto foi consolidado e em dois anos atendeu 300 famílias.

“Via a necessidade das famílias que chegavam no IML, sem saber para onde ir e nem o que fazer. Na época não tinha sala nem nada, atendia no sofá mesmo da recepção, daí chegava perto deles e ajudava dessa forma. As famílias que atendo ficam muito gratas e sempre falam: ‘se não fosse você, não sei o que eu iria fazer’. É muito gratificante”, contou Maria.

 Núcleo de apoio às famílias funciona na Secretaria de Estado da Polícia Civil, em Rio Branco — Foto: Iryá Rodrigues/G1

Núcleo de apoio às famílias funciona na Secretaria de Estado da Polícia Civil, em Rio Branco — Foto: Iryá Rodrigues/G1

No ano de 2017, o núcleo deu suporte às famílias de 129 vítimas de mortes violentas. Já em 2018, esse número aumentou 32%, chegando a 171 atendimentos. O mês que teve mais casos foi maio de 2018, quando 22 famílias foram auxiliadas.

“Atendemos pessoas de baixa renda, que, muitas vezes, recebem bolsa família. Faço o encaminhamento para a Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (Semcas). Quando precisa, levo para a delegacia, para fazer a liberação de cadáver”, afirmou a assistente social.

No caso de pessoas que morrem em outros municípios e são encaminhadas para o IML em Rio Branco, Maria conta que entra em contato com a prefeitura da cidade de origem. “Informo a situação e o prefeito manda a funerária do município vim buscar o corpo”, concluiu a assistente social.

Atendimentos das famílias de vítimas de mortes violentas no Acre
Dados são de 2017 e 2018
 
 

Conforme os dados levantados em 2017, no mês de janeiro foi atendida uma família, em fevereiro foram sete e em março quatro. Já em abril duas famílias foram atendidas, em maio cinco, junho nove e julho 20.

No mês de agosto, 13 famílias receberam o suporte da assistente social, já em setembro foram 20, outubro 13, novembro mais 17 e, por fim, em dezembro foram realizados 18 atendimentos.

No ano de 2018, em janeiro foram atendidas 20 famílias, em fevereiro sete, março 10, abril 18 e maio 22. No mês de junho foram 11 atendimentos, em julho 15, agosto 13 e setembro outros 20. Em outubro, seis famílias foram atendidos, em novembro 11 e em dezembro 18.

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