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Assembleia anuncia CPI do Detran de Rondônia para apurar taxas abusivas e outras barbaridades
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OPINIÃO DE PRIMEIRA – A Assembleia Legislativa vai mesmo criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar o Detran, suas taxas abusivas e seus gastos. Nessa semana, Laerte confirmou tudo novamente, em entrevista à Rádio Transamérica: “reafirmei a disposição de criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar gastos de 4 milhões de reais em diárias no ano passado e a cobrança de taxas abusivas pelo Detran.
O tema começou a se tornar público, quando o presidente recém-eleito da Assembleia, deputado Laerte Gomes, do PSDB, concedeu uma entrevista exclusiva a Sérgio Pires, no programa Direto ao Ponto (Record News/SICTV/Record). Depois, a informação se ampliou pela mídia. O Poder Legislativo precisa ser protagonista dos debates de grandes temas que envolvem a sociedade, cobrando explicações do Governo e seus assessores”, comentou. Entre os dados que já começaram a ser levantados, estão algumas enormes diferenças entre custos das mesmas taxas em Rondônia – onde elas são caríssimas – com as de outros estados da região. A comparação, aliás, já foi feita aqui mesmo, nesse espaço. A CPI vai sair. Provavelmente ainda no primeiro semestre. Deve incluir também outros problemas, como a falta de lacre para carros em todo o Estado. O que será que está acontecendo?
FRAUDE EM VESTIBULAR: 20 ANOS DEPOIS, É COMO SE NADA TIVESSE ACONTECIDO!
Há eventos que se registram na História e que nos deixam de queixo caído, imaginando que eles não teriam acontecido, que são apenas invenções da criatividade coletiva do brasileiro. Infelizmente, não o são. Um caso de quase duas décadas, eivado de irresponsabilidade, de falta de respeito, de crime contra os estudantes, merece ser lembrado, até porque os responsáveis por ele nunca foram punidos. Aliás, nada aconteceu até hoje, ao menos que se sabia concretamente. É como se tudo não passasse de ficção. Quando se conclui que foi bem real e triste, daí fica cada vez mais sólida nossa descrença em relação a algumas instituições e pessoas que as lideram. Bem resumido: no início do ano de 2000, ou seja, há 20 anos, uma então jovem estudante, muito dedicada aos estudos, hoje médica das mais conhecidas em Rondônia, fez vestibular para Medicina na Universidade Federal do Amazonas. Com um texto qualificado, avisou aos pais, logo que a prova terminou, que tinha feito uma bela Redação e que, se dependesse só disso, estaria aprovada. Dias depois, para surpresa dela e da família, a jovem da época descobriu, então, que tinha recebido a nota zero na Redação. A história que ela conta é que não só ela, mas dois terços de todos os vestibulandos tinha sido zerados. Apenas um terço tinha sido aprovado para outras etapas. Nos anos seguintes, depois de centenas de denúncias, o Ministério Público abriu uma investigação. Descobriu-se, depois que os responsáveis pela correção da Redação, tinham combinado que revisariam apenas uma em cada três provas. Nas outras duas dariam simplesmente nota zero. Nada de perder tempo. Simples assim! A vergonhosa decisão ficou provada e foi determinado que todos os prejudicados deveriam ser chamados e seus direitos respeitados. Nessas alturas, anos depois, a grande maioria dos atingidos – inclusive nossa hoje médica de Rondônia – já tinham feito vestibular em outras Faculdades e aprovados.
Estamos prestes a chegar ao vigésimo ano desse vergonhoso episódio. Duas décadas. Até hoje, pelo menos para corrigir a injustiça contra a médica rondoniense, não aconteceu absolutamente nada. Ao que se sabe, ninguém dos prejudicados foi chamado novamente, para eventualmente fazer novas provas ou, na pior das hipóteses, ser ressarcido pela injustiça sofrida. Lamentavelmente, nesse país da impunidade, tais coisas continuam acontecendo, aqui e ali, sem que os criminosos sejam presos, paguem por seus crimes e as vítimas se sintam ao menos mais leves, ao ver que o que sofreram não ficará no abandono e no esquecimento. Nesse momento em que nossas leis são cada vez mais benevolentes com quem vive fora delas, é bom refletir se é esse mesmo o país que queremos. Duas décadas. Zero punição. É o Brasil, que anda na contramão da decência, do respeito, da valorização de quem se envolve em lutas ferrenhas para vencer por seus próprios méritos. Envergonhemo-nos, pois!
PEQUENOS ATOS, GRANDE EMOÇÃO
Os governos adoram anunciar grandes obras, grandes realizações, pesados investimentos. Mas às vezes, é um detalhe, um pequeno avanço, um depoimento, que mais toca o governante. Foi o que aconteceu essa semana, com o governador Marcos Rocha. Ele recebeu um pequeno produtor, que acabou deixando o Coronel bastante emocionado. O rondoniense, homem que trabalha na terra e dela vive, agradeceu ao comandante do Estado o apoio recebido para a regularização e legalização da sua terra, depois de ter lutado anos a fio para conseguir. Disse que, com a medida, ele poderia começar a pensar no futuro com segurança e, ao mesmo tempo, proporcionar trabalho para um grupo de pelo menos 17 pessoas. Aparentemente um pequeno acontecimento, mas que acabou deixando Rocha emocionado e agradecido, segundo comentou com amigos, de poder estar ajudando a melhorar a vida das pessoas. Mesmo tendo uma formação militar, que normalmente parece endurecer quem nela é formado, o Coronel Governador tem essa particularidade: não esconde seus sentimentos. É um jeito diferente para um governante que chegou ao poder com a maior votação da história de Rondônia.
O PAPA DIZ NÃO AO DITADOR
A guerra civil na Venezuela se aproxima cada vez mais, depois que parte importante do Exército, liderado por comunistas e com apoio de mais de 100 mil cubanos, se colocou ao lado do ditador sanguinário Nícolas Maduro. Ele não aceita deixar o poder, depois de uma reeleição conspurcada pela fraude e pela perseguição aos opositores, que sequer puderem concorrer. Apoiado por um Poder Judiciário corrupto e que envergonha a verdadeira Justiça no mundo, Maduro tomou a vida dos venezuelanos, transformando-as num inferno, recheado de violência, miséria e tragédias. Mais de três milhões de pessoas já deixaram o país, numa diáspora nunca vista na história sul americana. Semanas atrás, Maduro teve a petulância de pedir apoio ao Papa Francisco, para mediar negociações em seu país. O Papa não topou, é claro, enviando uma resposta ao ditador (que não chamou de Presidente), lembrando que todos os acordos feitos anteriormente, para tentar normalizar a vida na Venezuela, não foram cumpridos por Maduro. O Papa pediu o fim dos confrontos e que seja evitado um grande derramamento de sangue. Maduro está se lixando se isso ocorrer. Ele prefere a destruição do seu país do que deixar o poder para Juan Guiadó, o novo Presidente, reconhecido pelas principais nações do mundo.
A FESTA DENTRO DAS CELAS
Dias atrás, a polícia retirou, do presídio de Vilhena, um caminhão cheio de produtos e artefatos totalmente estranhos às cadeias. Televisores, celulares, ventiladores, cadeiras, violões, vários tipos de rádios e caixas de som, armas: tudo estava dentro das celas, como se fossem totalmente liberados. Ora, isso aconteceu como? Pela corrupção, é claro. Porque esses produtos não nascem dentro das celas e nelas entram graças a complacência e o apoio de alguém. Só que até agora esse alguém (alguéns?) não foi denunciado e nem preso. Os presídios são antro de organizações criminosas, apoiadas certamente por quem não está preso. De dentro deles, saem as ordens para assassinatos, assaltos, roubos, ameaças, sequestros. Nessa semana, mais uma operação policial saiu atrás de mais 40 vagabundos, todos em presídios de Rondônia e do Mato Grosso, que comandavam uma série de crimes de dentro das cadeias. Só na região de Vilhena, aquela mesmo em que os presos só faltavam ter ar condicionado e crachás de entrada e saída, foram cometidos pelo menos oito assassinatos, todos cumpridos por ordem vindas de dentro das celas, pelos chefes do crime. Sobre essas canalhices, os amigos dos direitos humanos dos bandidos calam-se. Está na hora de mudar a lei e de colocar, junto com seus amigos, aqueles que são parceiros deles e que vivem discursando em defesa do crime, nunca das vítimas. Há sim os que precisam ser investigados, mas ainda não o foram. Um dia o serão, certamente.
PROTESTO CONTRA AUMENTO VAI ÀS RUAS
Políticos, líderes empresariais e representes de vários setores da sociedade estão sendo mobilizados para um grande protesto agendado para o final da tarde desta sexta, em frente à Ceron/Energisa, no centro da Capital. Os promotores do evento, segundo o empresário Chico Holanda, diretor da Fecomércio e um dos líderes do movimento e o advogado Gsbriel Tomasette, que defende o consumidor, esperam a participação de grande público. O valor cobrado nas contas de energia, com o aumento de até 25,5 por cento, além dos valores acrescidos e que não foram cobrados quando estava em vigor liminar da Justiça que proibia a cobrança, deixou indignada grande parte das população. Uma mobilização contra o abusivo reajuste autorizado pela Aneel está programada para ser grande, como poucas vezes se viu, em toda a Rondônia. Holanda chama a população a participar, dizendo que é hora de parar de reclamar pelas redes sociais e sentado no sofá. “A hora é de ir para a rua!”, convocou. Em Brasília, enquanto isso, a bancada federal – todos os oito deputados e os três senadores – vão percorrer gabinetes ministeriais e órgãos o Judiciário, tentando reverter o pornográfico aumento. E é bom o consumidor se preparar: na próxima conta, virá ainda mais um reajuste de 5 por cento, totalizando, no final, mais de 31 por cento de acréscimo nas suas contas de consumo de energia. Socorro
RONDORURAL NA PARECIS FM
O Programa Rondorural é a nova atração a Rádio Parecis FM, a partir deste sábado das 5h às 7h da manhã, em rede estadual. A apresentação será dos jornalistas Eduardo Kopanakis e Jean Carla, que, aliás, já comandam o site com o mesmo nome, que está há quatro anos no ar, fazendo grande sucesso entre a gente do campo e do agronegócio. Temas como os incentivos para a produção da agricultura familiar e consultoria de parceiros fomentadores da agricultura em Rondônia e região, estarão entre os abordados no programa. As histórias de fazendeiros e empresas que utilizam da tecnologia para aprimorar a sua produção, por meio do melhoramento genético desenvolvido em laboratórios, também estará na pauta semanal da atração. A Agenda Rural e a Cotação Rural serão outros quadros. É o jornalismo do Rondorural em campo, levando informações ao homem do campo, por meio de matérias e entrevistas sobre a cultura agrícola no estado de Rondônia e Brasil, através da Rádio Parecis FM 98,1. Contato da produção: 99204-0363.
A IMPARCIALIDADE DOS MALANDROS
Não havia crise nos governos Lula e Dilma. Ao menos para a grande mídia. A Petrobras implodia pela roubalheira. Nada de crise. Uma quadrilha de ladrões do dinheiro público se formava no Planalto. Nada de crise. O governo ajudava a patrocinar obras em ditaduras na América Latina e outras partes do mundo. Crise zero para a Folha de São Paulo, Globo, Band e outras grandes redes. O país afundava. Mas estava tudo bem. Agora, com Bolsonaro, tudo mudou. O filho dele sequer é investigado. Mas há uma profunda crise no governo que recém começou, diz a grande mídia. O presidente do PSL e hoje ministro é suspeito de ilegalidades na campanha eleitoral: crise total e absoluta. Um assassino tentou matar o Presidente da República. Agiu sozinho, correram a divulgar os grandes jornais, sites e emissoras de TV, como se o país fosse idiota. Muito do que os vagabundos fizeram, para destruir o país, em uma década e meia, ficou no silêncio da mídia. Só agora, quando vários deles estão na cadeia, incluindo o chefão, não há como não noticiar, embora sempre de forma parcial. Mas com Bolsonaro, ah!, daí a história é outra! Qualquer coisa que diga ou faça, seja ele ou algum dos seus ministros, amigos ou assessores, tudo é “crise no governo”. E ainda tem gente que acredita nesses malandros, que se dizem jornalistas imparciais…
PERGUNTINHA
Você acha correto o governo mandar para o Presídio Federal de Rondônia alguns dos maiores chefões do crime organizado do país, como Marcola, um personagem cruel e perigoso, que assusta até as maiores autoridades da segurança pública do país?
Autor: Sérgio Pires