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Asma pode se agravar no inverno e é pior para quem vive em áreas urbanas


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Maioria dos pacientes utiliza receitas caseiras ou se automedica com graves consequências que podem levar a incapacitação, comprometimento da qualidade de vida e morte

Com cerca de 20 milhões de asmáticos no Brasil, de acordo com fontes que incluem a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e a Iniciativa Global para Asma (GINA), a asma pode se agravar com o início do inverno e para os pacientes que vivem em áreas urbanas. O Dia Nacional de Controle da Asma, 21 de junho, busca aumentar a conscientização e estimular o correto manejo e tratamento da doença, já que apenas 12% dos asmáticos no país têm a doença controlada, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

A asma, um dos problemas de saúde respiratória mais recorrentes no Brasil, acomete cerca de 23% da população, de acordo com o Ministério da Saúde, é uma doença respiratória crônica, sem cura, porém controlável quando tratada adequadamente. O seu controle é fundamental para se ter uma melhora na qualidade de vida e redução da mortalidade. Como doença amplamente subdiagnosticada e pouco controlada, estratégias para melhorar o acesso e a adesão a terapias baseadas em evidências podem ser eficazes na redução do ônus econômico e social da asma em países desenvolvidos e em desenvolvimento.

“A maior parte das pessoas com asma não utilizam medicações adequadas para o seu controle, mas sim medicações apenas para alívio dos sintomas. “Chiado de peito”, “falta de ar”, dor torácica, acordar a noite com desconforto respiratório são sinais que a asma está fora de controle.”, explica o Dr. Rafael Faraco, médico pneumologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. A prevalência de asma é maior entre os adolescentes, com uma taxa de 20%.

“O inverno, principalmente nas áreas urbanas, é um grande fator de risco para desencadear crises de asma, por conta da queda nas temperaturas, ar mais seco e a poluição atmosférica concentrada nos centros urbanos”, explica o pneumologista.

No Brasil, a estimativa da Associação Brasileira de Alergia (ASBAI) indica que  aproximadamente duas mil pessoas morram todos os anos devido a complicações relacionadas à asma. “Mortes evitáveis ainda ocorrem devido ao tratamento inadequado, incluindo o uso de medicações apenas para alívio de sintomas, em vez de medicamentos preventivos para o seu controle”, destaca o pneumologista.

A Asma

Doença pulmonar inflamatória crônica que causa episódios recorrentes de falta de ar, tosse crônica, sensação de cansaço, chiado no peito e dor no peito. Os sintomas da asma podem piorar à noite, no inverno ou com exercícios.

Causas

A causa exata da asma ainda não é conhecida, mas acredita-se que é causada por um conjunto de fatores: genéticos, histórico familiar de alergias respiratórias – asma ou rinite, e ambientais.

Vários fatores podem desencadear ou agravar, tais como: alérgicos (pó domiciliar, ácaros, fungos, pólens, pêlo e saliva de animais); infecção respiratória viral; agentes irritantes (fumaça em geral e principalmente de cigarro, poluição do ar, aerossóis etc); variação climática como exposição ao frio; alteração emocional; medicamentos (aspirina, anti-inflamatório não hormonal, beta-bloqueadores); e exercícios.

Tratamento

Para se ter sucesso no tratamento e no controle de qualquer doença é imprescindível que o paciente entenda e conheça sobre sua doença e os riscos inerentes ao não tratamento, como forma de ter maior adesão ao tratamento. A asma é uma doença inflamatória dos brônquios e bronquíolos, o que requer de forma fundamental e obrigatória, em todos os casos, o uso de corticoides inalatórios. Controle de fatores ambientais desfavoráveis como poluição, tabagismo, mofos e poeiras também são importantes para  reduzir  os riscos de exacerbações (crises) e auxiliar no controle.

O objetivo no tratamento é a melhora dos sintomas relacionados à asma, com aumento da qualidade de vida e redução de risco relacionados à asma quando não controlada, como exacerbações (crise de asma), internação hospitalar, perda de função pulmonar e risco de vida.

Medidas Preventivas

Ações simples de controle ambiental são importante  para diminuir o contato com os ácaros e com o pó doméstico:

  • Deixar o ambiente do convívio diário, principalmente o quarto, limpo e arejado;
  • A limpeza deve ser diária com aspirador e pano úmido, sem produtos com cheiro forte;
  • Não usar vassouras, pois espalham a poeira fina, que ficará em suspensão e voltará a se depositar;
  • Retirar tapetes, carpetes, cortinas, almofadas, estantes com livros, enfim, tudo que facilite o acúmulo de pó;
  • Encapar colchões e travesseiros com tecido específico, para criar uma barreira física contra o ácaro;
  • Evitar animais dentro de casa.

De acordo com o Ministério da Saúde, a asma pode causar complicações, como redução na capacidade de realizar atividades, insônia, alterações permanentes no funcionamento dos pulmões, tosse persistente, dificuldade para respirar, hospitalização e internação por ataques severos.

Sobre a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 3 Unidades de hospital geral (Pompeia, Santana e Ipiranga) que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade, como Oncologia e Transplantes de Medula Óssea. Conta também com 1 Unidade especializada em Reabilitação e Cuidados Paliativos na Granja Viana.

Os hospitais gerais com atendimentos privados da Rede subsidiam as atividades de cerca de 40 unidades administradas pela São Camilo e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 Estados brasileiros. No Brasil desde 1922, a São Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por Camilo de Lellis e conta, ainda, com 25 centros de educação, dois colégios e dois centros universitários.

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