Religião
As Setenta semanas de Daniel
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Visão dispensacionalista
“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações. E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” (Dn 9. 24-27)
Esta surpreendente passagem das Escrituras dá a sequência cronológica de Deus para restaurar Israel e derrubar os poderes dos Gentios. A ocasião desta profecia das 70 semanas foi a oração de Daniel suplicando que Deus tivesse misericórdia de Israel (vv. 3-20). A visão das 70 semanas é a resposta de Deus (vv. 21-23). Nesta visão, Deus revela a Daniel a programação temporal e os eventos que levarão ao estabelecimento do reino messiânico de Israel.
Capítulo 1
Algumas diferenças importantes a saber:
A natureza da igreja.
Devemos observar cuidadosamente certas distinções entre a igreja e Israel claramente demonstradas nas Escrituras, mas muitas vezes negligenciadas e esquecidas por estudiosos e também por pessoas que ensinam a escatologia bíblica, fazendo assim uma salada entre os fatos não distinguindo a quem se relaciona tal acontecimento, na análise em questão gostaríamos de salientar alguns detalhes que serão de grande importância e decisivo na compreensão dos acontecimentos relacionados a 70ª semana profética de Daniel.
1- Existe uma distinção entre a igreja professante e o Israel nacional. Devemos notar que a igreja professante é composta por aqueles que fazem profissão de fé em Cristo. Para alguns, essa profissão baseia-se na realidade, mas para outros não há nenhuma realidade. Este último grupo entrará no período tribulacional, pois Apocalipse 2.22 indica claramente que a igreja professante não salva experimentará a ira como castigo. A participação no grupo denominado Israel nacional baseia-se em nascimento físico,( a Nação) e todos os que pertencem a esse grupo e não forem salvos e removidos pelo arrebatamento, se estiverem vivos no momento do arrebatamento serão, com a igreja professante, sujeitos à ira da tribulação.
2- Existe uma distinção entre a igreja verdadeira e a igreja professante. A igreja verdadeira é composta por todos os que, nesta era, receberam a Cristo como Salvador. Ao contrário disso, temos a igreja professante, composta por aqueles que fazem profissão de aceitar a Cristo sem realmente recebê-lo. Apenas a verdadeira igreja será arrebatada.
3- Existe uma distinção entre a igreja verdadeira e o Israel verdadeiro ou espiritual. Antes de Pentecostes, existiam indivíduos salvos, mas não existia igreja, e eles faziam parte do Israel espiritual, não da igreja. Depois do Pentecostes e até o arrebatamento encontramos a igreja, que é o corpo de Cristo, mas não encontramos o Israel espiritual. Depois do arrebatamento não encontramos a igreja, mas novamente um Israel verdadeiro ou espiritual será revelado. Essas distinções devem ser claramente consideradas. O arrebatamento não retirará todos os que professam fé em Cristo, mas apenas os que tenham nascido de novo e recebido a Sua vida. A porção descrente da igreja visível, junto com os descrentes da nação de Israel, entrarão no período tribulacional.
Posição da Igreja
Já que a igreja é o corpo, do qual Cristo é o cabeça (Ef 1.22; 5.23; Cl 1.18), a noiva de Cristo (1 Co 11.2; Ef 5.23), o objeto de Seu amor (Ef 5.25), os ramos dos quais Ele é a videira e a raiz (Jo 15.5), o edifício do qual Ele é a base e pedra angular (1 Co 3.9; Ef 2.19-22), existe entre o crente e o Senhor uma união e uma unidade. O crente não está mais separado d’Ele, mas é trazido para perto d’Ele.
Se a igreja estiver na septuagésima semana, estará sujeita à ira, ao julgamento e à indignação que caracterizam o período e, por causa de sua união com Cristo, Ele, da mesma maneira, estaria sujeito ao mesmo castigo. Isso é impossível de acordo com 1 João 4.17, pois Ele não pode ser julgado novamente. Visto que a igreja foi aperfeiçoada e liberta de tal julgamento (Rm 8.1; Jo 5.24; lJo 4.17), se ela fosse novamente sujeita a julgamento, as promessas de Deus não teriam efeito e a morte de Cristo seria ineficaz.
Quem ousaria afirmar que a morte de Cristo falhou no cumprimento de seu propósito? Embora os membros possam ser experimentalmente imperfeitos e necessitar de limpeza experimental, a igreja, que é o Corpo, tem uma posição perfeita em Cristo e não precisa dessa limpeza. A natureza das provações da septuagésima semana, conforme declaradas em Apocalipse 3.10, não é promover limpeza individual, mas revelar a degradação e a necessidade do coração degenerado. A natureza da igreja torna desnecessária tal provação.
Uma vez mais, Apocalipse 13.7 esclarece que todos os que estiverem na septuagésima semana serão submetidos à besta e por meio dela a Satanás, que dá à besta o seu poder. Se a igreja estivesse nesse período, ela se sujeitaria a Satanás, e Cristo perderia Seu lugar como cabeça, ou Ele mesmo, por causa de Sua união com a igreja, estaria igualmente sujeito à autoridade de Satanás. Tal coisa é impensável. Dessa maneira, conclui-se que a natureza da igreja e a inteireza da sua salvação impedem que ela esteja na septuagésima semana.
O conceito da igreja como mistério
Está intimamente ligado à consideração anterior o conceito neotestamentário de que a igreja é um mistério. Não era mistério que Deus proveria salvação para os judeus, nem que os gentios seriam abençoados com a salvação. O fato de que Deus formaria de judeus e gentios um só corpo nunca foi revelado no Antigo Testamento e constitui o mistério citado por Paulo em Efésios 3.1-7, Romanos 16.25-27 e Colossenses 1.26-29. Todo esse novo plano não foi revelado até a rejeição de Cristo por Israel.
É depois da rejeição de Mateus 12.23,24 que o Senhor faz a primeira promessa da futura igreja, em Mateus 16.18.
É depois da rejeição da cruz que a igreja tem seu início, em Atos 2.
É depois da rejeição final de Israel que Deus chama Paulo para ser apóstolo aos gentios, e por meio dele o mistério da natureza da igreja é revelado.
A igreja é, manifestamente, uma interrupção do plano de Deus para Israel, que não foi iniciada até que Israel rejeitasse a oferta do reino. Segue-se, logicamente, que esse plano de mistério deve ser concluído antes que Deus possa retomar Seu trato com a nação de Israel, como foi demonstrado previamente que Ele fará.
O plano do mistério, tão distinto no seu início, certamente será separado na sua conclusão. Esse plano deve ser concluído antes que Deus retome e complete Seu plano para Israel. Esse conceito da igreja como mistério torna inevitável o arrebatamento pré-tribulacionista.
Distinção – Israel & Igreja
Chafer estabeleceu 24 contraposições entre Israel e a igreja que demonstram conclusivamente que esses dois grupos não podem ser unidos num só, mas devem ser diferenciados como entidades separadas com quem Deus realiza um plano especial. (Lewis Sperry CHAFER, Systematic theology, IV, p. 47-53) Essas contraposições podem ser esboçadas da seguinte forma:
1- A extensão da revelação bíblica: Israel- quase quatro quintos da Bíblia; igreja-cerca de um quinto.
2- O propósito divino: Israel- todas as promessas terrestres nas alianças; igreja- as promessas celestiais no evangelho.
3- A descendência de Abraão: Israel- a descendência física, dos quais alguns se tornam descendentes espirituais; igreja- descendência espiritual.
4- O nascimento: Israel- nascimento físico, que produz um relacionamento; igreja- nascimento espiritual que traz um relacionamento.
5- Cabeça: Israel- Abraão; igreja- Cristo.
6- Alianças: Israel – a de Abraão e todas as alianças seguintes; igreja-indiretamente relacionada com a aliança Abraâmica e a nova aliança.
7- Nacionalidade: Israel- uma nação; igreja- de todas as nações.
8- Trato divino: Israel- nacional e individual; igreja- apenas individual.
9- Dispensação: Israel- visto em todos os tempos desde Abraão; igreja- vista apenas no presente.
10- Ministério: Israel- sem atividade missionária e sem evangelho para pregar; igreja- uma comissão a cumprir.
11- A morte de Cristo: Israel- nacionalmente culpado; ainda será salvo por meio dela; igreja- perfeitamente salva por ela agora.
12- O Pai: Israel- por meio de um relacionamento especial, Deus era o Pai da nação; igreja- somos relacionados individualmente a Deus como Pai.
13- Cristo: Israel- Messias, Emanuel, Rei; igreja- Salvador, Senhor, Noivo, Cabeça.
14- O Espírito Santo: Israel- veio sobre uns temporariamente; igreja- habita em todos.
15- Princípio governante: Israel- o sistema da lei mosaica; igreja- o sistema da graça.
16- Capacitação divina: Israel- nenhuma; igreja- habitação do Espírito Santo.
17- Dois discursos de despedida: Israel- discurso no monte das Oliveiras; igreja- discurso no Cenáculo.
18- A promessa da volta de Cristo: Israel- em poder e glória para julgamento; igreja- para nos receber para Si mesmo.
19- Posição: Israel- um servo; igreja- membros da família.
20- O reino de Cristo na terra: Israel- súditos; igreja- co-herdeiros.
21- Sacerdócio: Israel- tinha um sacerdócio; igreja- é um sacerdócio.
22- Casamento: Israel- esposa infiel; igreja- noiva.
23- Julgamentos: Israel- deve enfrentar julgamento; igreja- livre de todos os julgamentos.
24- Posições na eternidade: Israel- espíritos de homens justos aperfeiçoados na nova terra; igreja- igreja dos primogênitos nos novos céus.
Essas contraposições, que mostram a distinção entre Israel e a igreja, impossibilitam identificar os dois num mesmo plano, o que é inevitável para a igreja passar pela septuagésima semana. Essas distinções dão apoio extra à posição do arrebatamento pré-tribulacionista, sobre o prisma da visão dispensacionalista.
CAPITULO II
O CONTEXTO
Jerusalém estava praticamente destruída. Seu povo, inclusive o profeta Daniel, foi levado cativo para a Babilônia, sob as ordens de Nabucodonosor, a quem deveria servir por 70 anos (2 Crônicas 36.17-21; Jeremias 25.11). Daniel inquieta-se porque os 70 anos de cativeiro são findos, e não recebe de Deus qualquer palavra sobre a restauração da Cidade Santa e restauração espiritual do povo. Daniel intercede pelo seu povo e Deus responde através do anjo Gabriel por meio da refera profecia.
Por sua fundamental importância nos estudos da Escatologia, e pelas dificuldades em sua interpretação, a profecia das SETENTA SEMANAS de Daniel desperta muito interesse. Entre os teólogos e estudantes da palavra de Deus, não há consenso quanto alguns aspectos. Por exemplo, um grupo segue a interpretação contínua, segundo o qual a septuagésima semana segue a sexagésima-nona, sem nenhum intervalo. Outro defende a teoria do intervalo, ou seja, 69 semanas já se cumpriram, mas falta o cumprimento da septuagésima semana. Teoria defendida pelos pre-tribulacionistas, do qual nós os pentecostais somos defensores.
A PROFECIA E A QUEM SE DESTINA.
“Setenta Semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos santos”. Dn 9.24
“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até o Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos”. Dn 9.25
“E depois das sessenta e duas semanas será tirado o Messias, e já não estará; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações”. Dn 9.26
“E ele fará firme aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até a consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador”. Dn 9.27.
A profecia tem a ver com “teu povo” (referindo-se ao povo de Daniel, os Judeus [literalmente]) e com “tua santa cidade” (referindo-se a Jerusalém [literalmente])
O Propósito Das 70 Semanas (Dan 9:24)
O propósito é completar totalmente, cumprir as promessas de Deus a (e as alianças e profecias de Deus a respeito de Israel) [literalmente].
As 70 semanas que estão determinadas têm os seguintes propósitos (Dn9.24)
1. Extinguir a transgressão
2. Dar fim aos pecados
3. Expiar a iniquidade
4. Trazer a justiça eterna
5. Sela a visão e a profecia
6. Ungir o Santo dos santos
A Duração Das 70 Semanas
O termo hebraico aqui usado para semanas (“shebuah”) significa simplesmente “grupos de sete.” O contexto é que tem que determinar se é uma semana de dias ou de anos. Por causa das seguintes razões, nós sabemos que o termo se refere a semanas de anos [isto é, cada semana é um grupo de sete anos].
1- As semanas que já têm sido cumpridas demonstram que estas são semanas de anos ao invés de semanas de dias. Dan. 9:25 diz que haveriam 69 semanas desde a reconstrução do Templo de Jerusalém até a vinda do Messias. Há alguma leve discordância sobre exatamente quando este período começa e termina, mas nós sabemos que houve menos de 500 anos entre a ordem para reconstruir Jerusalém e a vinda de Cristo. 69 semanas de anos seriam 483 anos. Assim, nós vemos que a parte da profecia que já tem sido cumprida exige que nós interpretemos as semanas como sendo semanas de anos. É razoável acreditar que a 70ª semana será também uma semana de anos, isto é um período sete anos.
2- O conceito das semanas de anos era familiar ao pensamento judaico (Lev 25:3-9). Em Levítico capítulo 25, Deus ordenou que Israel pensasse em termos de períodos ou de semanas de sete anos. Cada sétimo ano a terra devia descansar. (Inclusive o povo estava cativo na babilônia para cumprir-se essa determinação da terra descansar.)
3- Na altura da visão, Daniel tinha estado pensando em termos de semanas de anos. Em Daniel 9:2, ele estava pensando sobre a profecia de Jeremias que ensinava que Israel seria feita cativa por 70 anos. Nós encontramos esta profecia em Jr 25:11-12. Se nós olharmos para 2 Crônicas 36:21, nós encontraremos que a razão para esses 70 anos de cativeiro foi que Israel não tinha obedecido a Deus para guardar o sábado do sétimo ano tal como foi ordenado em Levítico capítulo 25. Assim, Daniel estava pensando em termos de semanas de anos [isto é, cada semana sendo um grupo de 7 anos] quando a visão de Daniel 9 foi dada.
A Divisão Das 70 Semanas
As 70 semanas (isto é, os 490 anos) que completam o programa de Deus para com Israel e enquadram a profecia são divididas em três períodos distintos:
Primeiro 7x7semanas de Anos. (49 anos),
Segundo 7×62 semanas de Anos. (434 anos),
Terceiro 1×7 semana de Anos (7 anos).
Somando assim 70 semanas de Anos, totalizando 490 anos, que é o que foi vaticinado pelo Profeta Daniel.
O DESENVOLVIMENTO DA PROFECIA
Primeiro Período 7×7=49 Semanas de anos
Durante as primeiras (7) sete semanas (49anos) Jerusalém foi reconstruída em tempos trabalhosos. Isto é descrito no livro de Neemias, e teve inicio com a saída da ordem para restaurar e reedificar Jerusalém, com o decreto de Artaxerxes tal como está registrado em Neemias Cap. 2, que se deu no ano 445ac. Durante os 49 anos seguintes, a cidade foi reconstruída em tempos trabalhosos. E teve final da citada reconstrução no ano 396ac. Cumprindo-se assim o primeiro período da profecia. Conforme mostrado acima.
Segundo período 7×62=434 Semas de anos
As (62) sessenta e duas semanas seguintes (434 anos) estendem-se desde o termino da reconstrução de Jerusalém, 396ac até a vinda do Messias que aconteceu ano 33dc com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, completando-se assim as sessenta e nove semanas. Segundo período da profecia. “Então, 434 anos após o cumprimento das primeiras sete semanas, nosso Senhor Jesus Cristo entrou montado [sobre um jumentinho] Mt 21.4, em Jerusalém e foi aclamado pelas multidões como o rei, o filho de David; mas algum poucos dias mais tarde, exatamente uma semana foi rejeitado e crucificado, Assim o Messias foi cortado, rejeitado. Vv 24,25.
A lacuna profética, o Intervalo
Note-se que o calvário, a destruição de Jerusalém e o tempo da Igreja estão incluídos neste período entre o fim da sexagésima nona semana e o começo da seguinte, a septuagésima semana. Este tempo é também chamado de lacuna profética, ou intervalo profético, período exclusivamente reservado para a chamada a existência da Igreja, pelo fato de Israel haver rejeitado o messias, pois veio para o que era seu e os seus não o receberam, Jo 1.12.
O terceiro período 7×1=7 Semana de anos
Os capítulos 6-19 do Apocalipse dizem respeito à septuagésima semana de Daniel, ou seja, os eventos escatológicos ali mencionados (O derramar dos juízos de Deus, os selos as trombetas as taças e todos os flagelos e conteúdo do texto profético compreendido entre os capítulos 6-19 do apocalipse.) ocorrerão durante aquele último período da profecia. Diríamos que no Apocalipse a profecia dos setentas semanas está no varejo, ampliada, detalhada fato por fato acontecimento por acontecimento.
A profecia relaciona-se diretamente com a nação de Israel e a cidade de Jerusalém (Dn 9.24). Antes de se iniciar a septuagésima semana a Igreja será arrebatada (1 Ts 1.10; Ap 3.10). pois não teve participação alguma em nenhum dos eventos envolvendo os acontecimentos relacionados ao cumprimento das sessenta e nove semanas anteriores, também não se envolvera de forma alguma em nada relacionado a estes eventos.
Eis a razão pela qual precisamos compreender os propósitos de DEUS e de sua palavra, pois a mesma prediz fatos que estão relacionados a Israel como nação, a Israel espiritual, a igreja nominal, e a Igreja santa, Irrepreensível, Imaculada, Comprada com o sangue do Filho de DEUS.
Cálculos do desenvolvimento das setenta semanas.
As 69 semanas (173.880 dias) contadas desde a saída da ordem para restaurar e reedificar Jerusalém em 14 de março de 445ac. Findam exatamente no dia 6 de abril de 32dc. dia da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
OBSERVAÇÕES
A Bíblia não relata, mas há o registro histórico da tomada de Jerusalém pelo general romano Tito, no ano 70dc, depois de um cerco de cinco meses, com o emprego de uns 100.000 homens. Estima-se em um milhão a perda de vidas nessa catástrofe. Cumpriu-se assim (Dn 9.26). (Teoria do cumprimento Ininterrupto da Profecia) “o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário” (Lc 21.20).
Nosso Senhor legitimou a profecia das setenta semanas, ao fixar a Grande Tribulação dentro da Septuagésima semana (Mt 24.15-22; Mc 13.14-20).
Neemias 2.1-8: Artaxerxes I, rei da Pérsia, foi elevado ao trono em 465sc, Logo o “ano vigésimo do rei” deu-se em 445ac. E como não está indicado o dia do mês, fica subentendido ser o primeiro dia do mês nisã (conforme costume judaico), que em nosso calendário corresponde a 14 de março. Daí porque o ponto de partida da profecia, ou seja, a “ordem para reedificar Jerusalém” (Dn 9.25) é o dia 14 de março de 445ac. Conforme cálculo, o fim das 69 semanas, contadas a partir de 14 de março de 445ac, deu-se em 6 de abril de 32dc, data em que Jesus foi aclamado Rei em Jerusalém: “Bendito o Rei que vem em nome do Senhor” (Lc 19.28-40).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os comentários debates e escritos sobre as SETENTA SEMANAS DE DANIEL não se esgotam nestas palavras. O livro de Daniel é uma fonte inesgotável para pesquisa debates e estudos.
Porém nós concluímos com o estudo DAS SETENTA SEMANAS DE DANIEL que DEUS realmente vela em cumprir a sua palavra, vimos que Daniel mesmo sem dispor da avançada tecnologia moderna dos nossos dias, pôde prever com precisa exatidão os fatos que hoje são historia, mas que em seus dias eram obscuros e utópicos, pois Jerusalém encontrava-se cativa sob a égide dos grandes imperadores, como Nabucodonosor, Dario, Artaxerxes, e outros. Mas mesmo assim, tudo que para Daniel e seu amigos Judeus era impossível, DEUS fez Acontecer, e trouxe a existência fatos que jamais alguém conseguiria imaginar acontecer, tudo isso por amor ao seu Povo e por sua misericórdia e poder, pois ELE é Fiel, e suas promessas são infalíveis, portanto fiquemos certos que: Haja o que houver, aconteça o que acontecer, o que DEUS reservou pra você não há forças, nem poderes, demônios, e principados, nem do presente nem do porvir que possa impedir que aconteça.
E DEUS tem muitas coisas reservadas para seus servos, as quais estão todas já REVELADAS em sua palavra cabe, portanto a nós como seus filhos e servos conhece-las, busca-las, entende-las por meio da leitura e estudo sistematizado da Bíblia sagrada. A ELE seja a Honra, a Gloria e o Louvor para Sempre.
REFERÊNCIAS BIBLIORÁFICAS
BÍBLIA DE ESTUDO Defesa da Fé – Versão Revista e Corrigida, Rio de Janeiro, CPAD/2010.
GEISLER NORMAN – Teologia Sistemática, Vol. 2, 1º Edição, Rio de Janeiro – Casa Publicadora das Assembleias de Deus, CPAD/ 2010.
PENTECOST, J.DWIGHT – Manual de Escatologia, Sociedade Bíblica do Brasil/1995 – Editora Vida.
SILVA. SEVERINO PEDRO – Daniel Versículo por Versículo, 3ª Edição, Rio de Janeiro – Casa Publicadora das Assembleias de Deus, CPAD/ 1986.
THIESSEN, HENRI CLARENCE – Palestra em teologia Sistemática, 1º Edição, São Paulo – Imprensa Batista Regular, IBR/ 1989.
Abdias Barreto.
https://estudos.gospelmais.com.br