Argentina está próxima de vender farelo para China

Uma missão chinesa está atualmente inspecionando fábricas de farelo de soja na Argentina, para aprová-las para exportar o subproduto para o país asiático. A Argentina é o maior exportador mundial de farelo de soja, com mais de 65 milhões de toneladas de capacidade de moagem.  

Ao longo do rio Paraná, empresas oleaginosas globais e locais montaram suas fábricas e portos. Durante 2016, a indústria de esmagamento atingiu um recorde de processamento de cerca de 44 milhões de toneladas de soja. 

Este ano, após a recuperação da seca que afetou a campanha de 2017/18, a indústria esmagou 4,4 milhões de toneladas em julho, e é tão provável que atinja um novo recorde de processamento este ano. “Se a Argentina conseguir exportar farelo de soja para a China, será claramente graças à nossa insistência”, disse ao eFarmNewsAr.com o presidente da CIARA (câmara local da indústria de sementes oleaginosas), Gustavo Idigoras. 

A guerra comercial entre os EUA e a China e a febre suína africana estão atingindo a política comercial do país asiático. Em primeiro lugar, eles estão se concentrando na compra de soja no Mercosul, onde o Brasil produz mais de 100 milhões e na Argentina outros 55 milhões de toneladas, substituindo suas compras dos EUA. “Mesmo que a produção de carne suína caia drasticamente este ano, eles nos disseram que a indústria avícola vai compensar essa produção menor e achamos que a demanda por alimentos permanecerá a mesma”, Idigoras opinou. 

O funcionário acrescentou que a China compra pequenos volumes de farelo de soja, apenas da Índia, Paquistão e outros países asiáticos. A indústria de rações chinesas seria o consumidor do farelo de soja argentino, mas “somente se o governo deles esverdear as compras”, pensa Idigoras.