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Agronegócios

Argentina aumenta retenciones e suspende exportações


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O novo governo da Argentina decidiu suspender as exportações de trigo e aumentar as retenciones, segundo informações divulgadas pela T&F Consultoria Agroeconômica. Com isso, o Boletim Oficial nº 196 suspendeu a partir desta segunda-feira, qualquer registro de venda ao exterior e o Decreto nº 37 suspendeu as retenciones de 4 pesos/dólar exportado.

Nesse cenário,  a soja pagava 18% fixo e mais 4 pesos/dólar e agora passa para um imposto total de 30%. Além disso, o Trigo, a farinha de trigo, o milho e outros produtos, terão um imposto fixo de 9%, informou o portal argentino La Nacion.

“Felizmente os exportadores argentinos de trigo já tinham comprado e registrado na DJVE 11,63 milhões de toneladas até esta semana, das quais cerca de 2,90 milhão de toneladas tinham sido vendidas ao Brasil, tendo sido entregues apenas 1.009.127 toneladas até o final de novembro, segundo relatório do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços)”, indicou a Consultoria.

Como principal consequência está a necessidade brasileira, que será de 5,5 milhões de toneladas, pelo menos, então haverá necessidade de vender ao Brasil mais 2,6 milhões de toneladas. “A dúvida é: serão cobradas retenciones a partir dos embarques ou dos registros? Se a Argentina não puder fornecer este volume, certamente o governo brasileiro poderá aumentar (dobrar? triplicar?) a atual cota de 750 mil toneladas sem TEC para países de fora do Mercosul, como EUA, Canadá e Rússia”, completa.

Para a T&F, o trigo americano não seria competitivo, mesmo que a elevação das retenciones fosse adicionada ao atual preço FOB do trigo argentino. “Se não, vejamos: para DEZ 19, por exemplo, cujo preço está a US$ 199 FOB Stowed, as retenciones seriam algo como US$ 17,91/t.”, conclui.

(Agrolink)

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