Agronegócios
Área destinada à cana-de-açúcar aumenta em MT, mas produtividade cai
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A colheita de cana-de-açúcar deve seguir até novembro em Mato Grosso. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2022/2023 é de aumento de área e de produção, com leve redução de produtividade.
Segundo a companhia, a área de Mato Grosso deve passar de 200,7 mil hectares – ou seja, , acréscimo de 2,8%. Porém, a produtividade deve cair 2%. O volume esperado é de mais de 15 milhões de toneladas.
Assista à reportagem completa do Mais Agro, aqui.
A diretora-executiva do Sindicato da Indústria Sucroalcooleira (Sindalcool), Lhais Sparvolli, avalia que o cenário é de recuperação, após ciclos de adversidades climáticas e conta que a reprodutividade do plantio reduziu ultimamente, devido aos dois anos de seca.
“A área de novo plantio não produz no primeiro ano, isso também reduz a produtividade, mesmo você tendo o aumento da área”, diz.
Ela ainda conta que o etanol hidratado tem passado por uma queda de preços, o que desestimula as usinas que produzem o combustível.
“Nesse cenário, você também tem esse aumento de demanda por açúcar”, explica.
Uma das usinas de açúcar e de álcool de Barra do Bugres, a 169 km de Cuiabá, processa mais de 15 mil toneladas de cana por dia. A produção é de 12 mil sacas de 50 kg de açúcar e 1 milhão de litros de etanol.
Segundo o coordenador, Berivaldo da Silva Alves, as matrizes da cana ficam no local por um ano, produzindo 10 pecilhos por mês.
“Retirados os pecilhos das doceiras, eles serão transplantados para a casa de plantio e levadas à vegetação, onde permanecerão durante o período de 10 a 15 dias”, explicou.
Após o período quinzenal, ela será enviada para o pátio de crescimento, onde, como o próprio nome já diz, ficará crescendo durante em média 60 dias.
De acordo com o engenheiro florestal Sidney Marques Junior, na propriedade há um viveiro de mudas nativas, local onde outras diversas espécies são plantadas.
“A gente tem um compromisso, que é um dos programas de gestão da empresa, que é de não plantar cana nessas áreas”, diz.
G1