Agronegócios
Aquecimento dos pintinhos
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Especialista da Trouw Nutrition recomenda boa qualidade do ar e atenção à temperatura ideal para uniformidade e bom desempenho dos lotes.
A amplitude térmica é motivo de alerta para produtores de aves, principalmente na fase inicial. “Até os 21 dias de vida, os animais não dispõem de mecanismos para regular a temperatura corporal. Qualquer descuido nesse período pode ser prejudicial à saúde e ao desenvolvimento dos pintinhos, podendo até ser letal”, explica Luciano Zanolo, gerente técnico da Trouw Nutrition.
Durante o período de aquecimento do lote, que pode variar de 7 a 21 dias, é de extrema importância que tanto a temperatura, quanto a qualidade de ar no interior do pinteiro estejam de acordo com a necessidade das aves, variando de acordo com a idade. Temperaturas abaixo do recomendado para a idade e o aumento de CO2 podem provocar o amontoamento das aves e, consequentemente, prejudicar o desenvolvimento inicial causando falta de uniformidade, e até mesmo aumento da mortalidade. “O problema acontece em todas as estações do ano, por isso a atenção do produtor não pode se concentrar apenas no inverno”.
Luciano destaca outros problemas comuns que afetam diretamente o aquecimento inicial como falhas de vedação do aviário, equipamentos de aquecimento sem manutenção e mal dimensionados, qualidade e quantidade de lenha ou gás insuficientes, má utilização de cortinas internas e externas, ventilação mínima deficiente, entre outros.
Para melhores resultados, o aquecimento da cama deve ser feito de 12 a 24 horas antes do alojamento das aves, dependendo do tipo de cama utilizada e estação do ano. A temperatura da cama deve ficar entre 28 e 32 graus Celsius para que os pintinhos se sintam confortáveis, evitando assim problemas no desenvolvimento inicial: o resultado é melhor ganho de peso ao abate e conversão alimentar.
“Sobre as fontes de aquecimento, os avicultores devem sempre atentar para o dimensionamento correto do equipamento, visando um bom aquecimento e aproveitando as fontes de calor disponíveis em sua região. No cenário atual, os fornos automáticos externos são os mais recomendados, porém existem outras opções também eficientes como os aquecedores a gás, mas o alto custo do gás acaba inviabilizando sua utilização”, analisa Luciano Zanolo.
Ele explica que devido ao constante melhoramento genético das linhagens atuais, a ambiência passou a ser primordial para que as aves possam expressar todo seu potencial de ganho de peso e conversão alimentar, sem esquecer do bom manejo, uma nutrição balanceada e uma ótima sanidade. “Temperatura ideal sem uma boa qualidade de ar (e vice-versa) não possibilitará lotes uniformes e com bom peso inicial. A temperatura ideal somada à boa qualidade do ar é fundamental para promover lotes uniformes, com bom peso e ótima conversão alimentar, proporcionando excelentes resultado zootécnicos e financeiros”, conclui o especialista da Trouw Nutrition.
Texto Comunicação