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Aprosoja Mato Grosso recebe apoio por posicionamento contrário ao tabelamento do frete


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O posicionamento da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) contrário à Medida Provisória (MP) 832, que estabelece preço mínimo para o frete rodoviário, tem recebido diversas manifestações de apoio. A MP foi aprovada na comissão mista na tarde de quarta-feira (04) e pode ser votada pelo plenário da Câmara dos Deputados.

O diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, reforçou a importância do presidente da Aprosoja, Antonio Galvan, vir a público reiterar a contrariedade em relação à MP. Segundo Mendes, Galvan se colocou como um porta-voz da cadeia produtiva.

“Acredito que agora, juntos, nessa linha, conseguiremos sensibilizar o Supremo no julgamento que se avizinha”, afirmou em nota.

O presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar, também parabenizou o presidente da Aprosoja que chegou a declarar que, caso o tabelamento seja aprovado por meio da MP 832, o produtor também terá que cruzar os braços, pois a produção ficará inviabilizada.

Para as entidades do setor, o tabelamento de frete trouxe danos irreparáveis para a comercialização da safra 2017/18. Hoje a Aprosoja possui mais de 5.300 associados e aponta que somente nesta safra foram produzidas 32,5 milhões de toneladas de soja e estimativa de 26,3 milhões de toneladas de milho.

“Demos apoio à greve em maio, mas condicionado a reduzir custos operacionais, pois entendemos que seria benéfico tanto para nós produtores quanto para os motoristas. Quando percebemos, eles estavam em busca, única e exclusivamente, de resolver o problema deles: o tabelamento do frete, medida a qual sempre fomos contrários. É um absurdo o Governo intervir na iniciativa privada, querendo oferecer lucratividade a um setor de forma tão exagerada. Isso nós não podemos admitir”, afirma o presidente da Aprosoja.

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o tabelamento fará com que as famílias brasileiras percam seu poder de compra, já que, segundo levantamento da entidade, em 2018 o governo federal elevou o salário mínimo para R$ 954, um aumento de R$ 7, enquanto o tabelamento do frete deverá aumentar o custo da cesta básica de alimentos em mais de R$ 53,00.

“Temos uma safra pela frente, o problema agora não é mais do produtor e sim de toda sociedade, pois se tivermos uma redução da produção por consequência do tabelamento do frete, corremos o risco de colocarmos em cheque nossa segurança alimentar, e mais uma vez a população pagará a conta”, afirma Galvan.

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