Agronegócios
Após semana de baixa, café arábica volta a subir e encerra sexta-feira com alta de 200 pts
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O mercado futuro do café arábica encerrou a semana com valorização acima de 200 pontos para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US) nesta sexta-feira (8).
Março/21 teve alta de 260 pontos, valendo 123,70 cents/lbp, maio/21 registrou valorização de 265 pontos, negociado por 125,75 cents/lbp, julho/21 subiu 265 pontos, valendo 127,60 cents/lbp e setembro/21 registrou alta de 275 pontos, valendo 129,35 cents/lbp.<
A semana foi marcada por sessões de quedas para o café. Um aumento na oferta global de café e a desvalorização do real ante ao dólar deram suporte para quedas mais expressivas.
A Organização Internacional do Café (OIC) informou nesta semana que as exportações dos países membros e não-membros da Organização Internacional do Café (OIC) totalizaram 10,149 milhões de sacas de 60 quilos em novembro, segundo mês da safra mundial 2020/21 (outubro/setembro), contra 9,600 milhões de sacas registradas no mesmo mês de 2019, elevação de 5,7%.
Do lado positivo para os preços, o mercado reagiu aos números divulgados pela Colômbia no último pregão. De acordo com a Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC) a Colômbia, o maior país produtor mundial de café arábica lavado suave, produziu 13,9 milhões de sacas de 60 quilos de café verde em 2020, 6% menos em comparação com a safra de 2019 de 14,7 milhões de sacas.
Em relação ao clima, após a severa estiagem de agosto a outubro, o tempo melhorou em dezembro, com ocorrência de chuvas generalizadas no cinturão produtor. “Para o fim desta e o começo da próxima semana, a Somar Meteorologia prevê precipitações intensas e volumosas na Região Sudeste, principalmente em Minas Gerais, Rio de Janeiro e do centro-leste de São Paulo ao Espírito Santo. O acumulado pode chegar a 150 milímetros no Sul, na Zona da Mata e na Região do Rio Doce mineiras e em todo o Rio”, destacou o Conselho Nacional do Café (CNC) na análise semanal. style=”text-align: center;”>
Já o café conilon encerrou a semana com desvalorização para as principais referências na Bolsa de Londres. Março/21 teve queda de US$ 18 por tonelada, valendo US$ 1318, maio/21 registrou baixa de US$ 18 por tonelada, negociado por US$ 1329, julho/21 teve queda de US$ 16 por tonelada, valendo US$ 1344 e setembro/21 finalizou com desvalorização de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 1363.
“O café conilon caiu para uma baixa de 1 mês hoje, já que a demanda fraca está impulsionando o fornecimento depois que os estoques de café robusta monitorados pela ICE na quinta-feira subiram para uma alta de 4 meses”, destacou o site internacional Barchart em sua análise diária.
No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e finalizou com alta em algumas das principais praças produtoras do país. Segundo o CNC, as cotações se descolaram dos preços internacionais e avançaram, recebendo suporte do sentimento de quebra garantida na safra a ser colhida este ano.
“Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 614,98/saca e R$ 413,38/saca, respectivamente com evoluções de 1,4% e 0,8% na semana”, afirma.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,54% em Guaxupé/MG, valendo R$ 658,00. Poços de Caldas/MG teve alta de 0,78%, valendo R$ 645,00 e Campos Gerais/MG registrou valorização de 1,55%, negociado por R$ 654,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 1,45% em Guaxupé/MG, valendo R$ 700,00. Poços de Caldas/MG encerrou com valorização de 0,71% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 705,00 e Campo Gerais/MG encerrou com alta de 1,44%, negociado por R$ 704,00.