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Após atraso, Trump faz discurso nacionalista na ONU


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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou nesta terça-feira (25) na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) e afirmou que seu país rejeita a “ideologia do globalismo”.

O magnata republicano usou o plenário para defender as decisões unilaterais tomadas ao longo de seu governo, como a saída do Acordo de Paris sobre o clima e do tratado sobre o programa nuclear do Irã e o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.

Tradicionalmente, os EUA são o segundo país a discursar, depois do Brasil, mas um atraso de Trump forçou uma mudança de protocolo neste ano. O republicano não conseguiu chegar a tempo e acabou falando depois do presidente dos Equador, Lenín Moreno.

“Um ano atrás, estive pela primeira vez neste grande plenário e apresentei uma visão para um futuro melhor para toda a humanidade. Hoje estou aqui para compartilhar os extraordinários progressos que fizemos. Em menos de dois anos, meu governo fez mais do que todos os outros na história de nosso país”, disse.

Neste momento, foi possível ouvir algumas risadas na plateia. “É verdade”, reforçou Trump. As risadas então ficaram mais fortes. “Não esperava essa reação”, brincou o presidente. Em seu discurso, o republicano fez duras críticas contra o Irã, a Venezuela e a China, enquanto elogiou os “esforços” pela paz do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

“O Irã não respeita a soberania das nações da região”, declarou Trump, acusando os líderes do regime de “enriquecerem” às custas do povo. “Os vizinhos do Irã pagam um preço alto por causa de sua agenda de agressão e expansão, por isso muitas nações da região apoiam minha decisão de retirar os EUA do horrível acordo nuclear e reintroduzir as sanções. A ditadura se aproveitou para construir mísseis nucleares, aumentar a repressão e financiar as guerras na Síria e no Iêmen”, disse.

Trump convidou todos os países a aumentarem a pressão econômica sobre o regime, para cortar o dinheiro de que Teerã precisa para “implantar sua agenda sanguinária”. “Não podemos permitir que os maiores financiadores do terrorismo possuam as armas mais poderosas do mundo”, ressaltou.

Sobre a vizinha Arábia Saudita, também envolvida nos conflitos na Síria e no Iêmen, o presidente disse que a monarquia investiu “bilhões de dólares” para “ajudar” os povos dos dois países. Além disso, elogiou as reformas promovidas pelo príncipe herdeiro Mohammad bin Salman.

Globalismo

O centro do discurso de Trump foi a rejeição ao multilateralismo, contrastando com o pronunciamento de Michel Temer, realizado poucos minutos antes. “Rejeitamos a ideologia do globalismo e abraçamos o patriotismo”, reforçou.

Segundo o presidente, os EUA estão “mais seguros, fortes e ricos” do que quando ele assumiu o cargo. “Quando uma nação defende seus interesses, pode trabalhar melhor pela prosperidade e pela paz. Os EUA não dirão a vocês como viver ou trabalhar, apenas pedimos que respeitem nossa soberania”, declarou Trump.

No mesmo discurso, ele pediu uma união para “restabelecer a democracia na Venezuela”. O pronunciamento chegou pouco depois de os EUA terem anunciado novas sanções contra o governo de Nicolás Maduro, atingindo inclusive a primeira-dama Cilia Flores.

Para Trump, a crise venezuelana é culpa do “socialismo” e do “comunismo”. “Todas as nações do mundo deveriam resistir ao socialismo e ao sofrimento que ele produz”, disse. Trump até reformulou seu slogan de campanha para defender o nacionalismo.

“Queremos ajudar as pessoas em seus próprios países, fazer seus países grandes de novo”, afirmou. O presidente ainda criticou instituições multilaterais, do Comitê de Direitos Humanos da ONU ao Tribunal Penal Internacional de Haia (TPI), e destacou que seu país não deve se submeter a órgãos do tipo. O mesmo discurso valeu para o sistema encabeçado pela Organização Mundial do Comércio (OMC), o qual ele disse estar “morrendo”.

“Acreditamos que o comércio precisa ser justo e recíproco. Ninguém mais vai tirar vantagem dos EUA. Por décadas, abrimos nossa economia com poucas condições. Permitimos que produtos do exterior fluíssem livremente em nossas fronteiras, mas outros países não garantiram acesso recíproco a nossos produtos”, declarou, em recado direto à China. (ANSA)

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