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Após 45 dias, pai e mãe seguem como principais suspeitos na morte de bebê de 8 meses em RO


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O inquérito da morte e o suposto estupro cometido contra uma bebê de 8 meses deve ser encerrado até 5 de novembro, segundo divulgou o delegado que conduz as investigações. O bebê morreu no dia 13 de setembro e a polícia já descarta morte natural ou engasgamento. Os principais suspeitos do crime são o pai e a mãe da criança, que estão em liberdade.

O delegado Sando Moura, da Delegacia de Homicídios, contou ao G1 que está aguardando os laudos do Instituto Médico Legal (IML) e da reconstituição do crime, feita em 8 de outubro, para concluir o inquérito.

“Muito exames foram pedidos. Eu mesmo fiz novos questionamentos de acordo com que foi evoluindo na investigação e isso acabou demorando um pouco. Teve exame que foi feito em outro estado, então provavelmente vamos concluir esse inquérito, no mais tardar, na próxima terça-feira (5)”, afirma.

O inquérito, que tinha o prazo para ser concluído em até 30 dias, foi enviado ao Ministério Publico de Rondônia e acabou sendo prorrogado por mais 20 dias. “Como temos uma menina que é a vitima, o caso agora passou a ser tratado como violência contra a mulher”, explica.

Quanto a qualquer indiciamento do pai e mãe, Sandro é incisivo. “Só vou tomar uma decisão quanto ao indiciamento e concluir o tipo de homicídio quando chegar o laudo do IML”, afirma.

Investigação

Em entrevista, Sandro Moura, explicou como seguiu a investigação nestes 45 dias após o crime. “Sempre trabalhamos com a medida mais grave e, conforme vai evoluindo a investigação, vai diminuindo a gravidade das coisas”, afirma o delegado.

Após ter ouvido pela primeira vez os envolvidos no crime, o delegado já havia afirmado que o tio “está bem afastado da conduta de suposto abuso sexual e homicídio”. Enquanto isso, o pai e a mãe da bebê voltaram a ser ouvidos pelo delegado, pois são os principais suspeitos.

Quando o laudo chegar nas mãos do delegado, ele diz que será levado em consideração se o crime foi qualificado ou doloso, isto é, quando há intenção de matar.

“Assim que chegar o laudo é que será definido se houve ou não o abuso, se o homicídio foi qualificado ou se é culposo. Que houve um homicídio isso não tem mais o que discutir. Ela (bebê) não morreu por causas naturais e nem porque se engasgou”, explica.

Entenda o caso

Uma bebê de 8 meses deu entrada, já sem vida, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Leste, no dia 13 de setembro.

Em depoimento à polícia a mãe relatou que a família estava dormindo e que ela acordou para amamentar a bebê. Em seguida, disse ter voltado a dormir.

Enquanto isso o marido dela relatou que acordou, fez café e foi para a casa da frente, que é da mãe dele e que estava no trabalho, para assistir televisão. O tio da criança chegou para almoçar duas horas depois. Na casa frente os dois homens ficaram conversando.

Às 11h, a mulher disse que teria acordado e que também foi para a casa da frente almoçar e que, “não percebendo nada de anormal”.

Foi apenas momentos depois, que a mãe da bebê notou que a filha mais velha dela, de dois anos, começou a chorar. Ao averiguar o que estava acontecendo foi que percebeu que a bebê de oito meses estava sem sinais vitais. Foi aí que ela e o marido pediram ajuda a uma vizinha, levando a menina à UPA.

Equipes da Polícia Militar (PM) foram até a casa da família, mas não encontraram vestígios de sangue nos lençóis e roupas da menina.

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