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Apesar de ações de forças de segurança, quatro cidades ainda mantém bloqueios em MT


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As forças de segurança diminuiram pelo menos dez pontos de concentração em Mato Grosso, com as ações integradas que aconteceram na madrugada desta quarta-feira (30), que é o décimo dia da paralisação. Porém, pelo menos quatro cidades ainda restringem a passagem de caminhões, na região do médio norte do Estado.

“A partir de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop, ainda há restrição para o tráfego de veículos de carga. Porém, continuamos com as negociações para tentar liberar de maneira pacífica. Caso não aconteça, as forças integradas irão avaliar a melhor saída para cumprir o que foi pedido”, disse ao Olhar Direto o superintendente da PRF em Mato Grosso, Aristóteles Cadidé.

Em Rondonópolis, local que foi liberado nesta madrugada, pessoas estão começando a se aglomerar novamente: “Nós temos o relato de uma aglomeração de pessoas da cidade ao lado da rodovia. Porém, o que nos parece é que a reivindicação é de outras pautas, alheias aos que os caminhoneiros pediam no início”, disse o superintendente.

O superintende ainda explicou que entre Diamantino e a região Sul do Estado, as rodovias estão liberadas e ocupadas pelas Forças de Segurança. Em Barra do Garças também houve a desobstrução. A avaliação é que pelo menos dez pontos de manifestação foram diminuídos na ação desta madrugada. Em nenhum trecho foi registrado confronto nesta quarta-feira.

A ação ocorreu por volta das 04 horas desta quarta-feira e contou com participação da Polícia Militar (com negociador, tropa de choque e policiamento de área), Exército Brasileiro, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e equipe de resgate e combate a incêndio do Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil, com equipes do GOE e GARRA”.

Na BR-364, os dois pontos localizados entre o Posto Aldo Locatelli, km 398, e o Distrito Industrial, em Cuiabá, os manifestantes começam a deixar o local e a tendas que abrigaram os caminhoneiros durante este período foram desmontadas. O trânsito segue livre para todos os veículos.

Na BR-070, km 504, em Cuiabá, os veículos que estavam proibidos de transitar já começam a seguir viagem. A estrutura de apoio montada pelos manifestantes também está sendo retirada do local e o fluxo segue normalmente pelo trecho.

No entroncamento da BR-163 e BR-364, em Rondonópolis, também houve desmobilização dos manifestantes. No local, onde os caminhoneiros resistiram à passagem da escolta da PRF na manhã de ontem, apenas viaturas das forças de segurança estão estacionadas no local. Os veículos já começam a deixar às margens da rodovia e trânsito segue livre para todos os veículos.

Na terça-feira (29), pela primeira vez desde o início da greve dos caminhoneiros, o Exército Brasileiro precisou usar a força para desobstruir a entrada de Cuiabá, na BR-364. Balas de borracha e bombas de efeito moral foram usadas para dispersar manifestantes que estavam trancando a passagem de veículos.

Os caminhoneiros que manifestam na BR-364, na cidade de Jaciara (131 quilômetros de Cuiabá), tentaram bloquear a passagem de um comboio que levava combustível e outros produtos na rodovia federal, nesta terça-feira (29). Os homens do Exército brasileiro resolveram agir e dispersaram a multidão com bombas de efeito moral e balas de borracha. A ação foi rápida e possibilitou a passagem dos veículos.

Entenda

O governo federal anunciou, no dia 24 de maio, uma proposta para suspender a greve dos caminhoneiros por 15 dias. Porém, os manifestantes continuam a bloquear pelo menos 29 trechos de rodovias federais que cortam Mato Grosso. Em outros Estados, a situação é a mesma. Vale lembrar que diversos serviços foram suspensos ou reduzidos por conta da falta de combustível. O protesto já dura cinco dias e tem reflexos em diversos setores.

A mobilização foi proposta pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e iniciou na manhã desta segunda-feira (21). Em razão dos pesados impostos e do baixo valor dos fretes, a categoria afirma que enfrenta uma grave crise e articula ações em todo o país para evidenciar o descontentamento com a atual política econômica. A PRF mantêm o diálogo com os caminhoneiros.

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