Helena Diórgenes, que acompanhava o irmão desde as 7 horas da manhã, diz que o atendimento é sempre com poucos informações e confuso. O irmão dela estava com uma espinha de peixe presa na garganta, e sangrava desde a madrugada após uma tosse.
“Cheguei aqui e mandaram ir para a UPA porque não tinha médico especialista. Eu fui para a UPA da Sobra, fiquei lá mais de cinco horas, e acabei sendo informada que o atendimento correto teria de ser dado aqui no Pronto Socorro. Jogam a gente de uma lado para o outro, e não resolvem”, desabafa.
Outra paciente, que esperava atendimento desde as 16 horas, diagnosticada com apendicite e pedra na vesícula, precisou recorrer a um médico particular para saber o que tinha. Com o laudo na mão, e com encaminhamento de cirurgia de urgência, a mulher voltou para o Pronto Socorro. Só foi atendida após o início da transmissão ao vivo do ac24horas.
“Isso aqui é um lugar de morte, mas era para ser um lugar de vida, onde as pessoas chegassem e pudessem ser atendidas com dignidade. Só tem um médico aí dentro, e eles disseram agora há pouco que não tem nem previsão de atendimento para a gente. É uma humilhação isso aqui”, afirma Elineida Alencar, que estava com febre alta.
Procurada, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) não se manifestou sobre o assunto. A diretora do hospital, a médica Michelle Melo desmentiu os servidores que alegavam haver apenas um médico no local atendendo. Segundo a gestora da unidade hospitalar, pelo menos seis profissionais estavam de plantão no local. Informação que foi desmentida, novamente, pelos usuários e trabalhadores do local.