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Ao menos 345 crianças e adolescentes foram resgatados do trabalho escravo neste ano


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Mato Grosso do Sul e Minas Gerais são responsáveis, respectivamente, pelos dois maiores números de crianças e adolescentes encontrados em situação de trabalho infantil neste ano. No Mato Grosso do Sul, foram 124 casos. Em Minas Gerais, 54.

Desde janeiro, as ações de fiscalização e combate ao trabalho infantil já contabilizam ao menos 345 casos em todo o país e foram intensificadas em alusão ao 12 de junho, Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil.

Os dados das ações fiscais, que são preliminares e apurados pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho, apontam casos em outras sete unidades federativas:

  • Espírito Santo: 39 adolescentes
  • Pernambuco: 32 adolescentes
  • Rio de Janeiro: 28 adolescentes
  • Roraima: 23 adolescentes
  • Ceará: 19 adolescentes
  • Alagoas: 19 crianças e adolescentes
  • Goiás: 12 adolescentes

 

Os menores tinham entre 8 e 17 anos no momento do resgate e alguns deles foram encontrados em atividades elencadas na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil, estabelecida por decreto em 2008.

Segundo o auditor-fiscal do trabalho Maurício Krepsky, historicamente, a maioria dos trabalhos executados por crianças e adolescentes se enquadram na lista. “Não são permitidos sequer para adultos”, sublinha.

A lista inclui funções que geram graves riscos e repercussões à saúde, como venda de bebidas alcoólicas, coleta de lixo, comércio ambulante em locais públicos e atuação na construção civil, em lava jatos e oficinas mecânicas.

No Brasil, o trabalho infantil é proibido. A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) estabelece que adolescentes de 14 a 17 só podem ser contratados como jovens aprendizes.

https://g1.globo.com

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