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Antes do Natal, Mato Grosso começa a colheita no país


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Confirmando previsões de vários institutos e consultorias, Mato Grosso deu início, ainda antes do Natal, à colheita da soja 2018/19. Acostumado a liderar essa etapa da produção no país, Mato Grosso retoma em 2019 a ‘pole position’ após dois anos seguidos em que o Paraná deu o ‘start’ do novo ciclo. Áreas pontuais no médio norte, nordeste e no oeste do Estado, como em Nova Ubiratã, Sapezal, Campos de Júlio, tiveram os primeiros talhões colhidos a partir do início dessa semana.

Beneficiado pelas condições climáticas, muitos produtores puderam de fato iniciar o plantio no final do Vazio Sanitário, em 15 de setembro. Dessa forma, os mato-grossenses rompem com uma tradição de colher os primeiros talhões antes da virada do ano, já que em 2019 esse começo foi antecipado em pelo menos uma semana, devidos as boas condições das variedades de ciclo de 90 dias, a chamada soja precoce.

Em boa parte do Estado, como vinha observando a consultoria AgRural, as condições de clima foram bastante adequadas e marcaram o plantio e o desenvolvimento das lavouras precoces com chuvas antecipadas, bem distribuídas e bom volume. Além de beneficiar a colheita antecipada, esse clima pode inverter a tendência de queda da produtividade, indicador que poderá ser bem aferido a partir da segunda metade de janeiro, quando a colheita ganha mais ritmo pelo Estado.

Ainda conforme a AgRural, desde a semana passada algumas lavouras já estavam sendo dissecadas e a colheita era apenas uma questão de clima para os próximos dias.

Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o ciclo 2018/19 registra novo recorde em área plantada, com superfície estimada em 9,61 milhões de hectares, ou 1,64% acima do recorde anterior em 9,46 milhões. “O avanço na área é equivalente a 155,35 mil hectares em comparação a última safra. Dentre as regiões que apresentam uma expectativa de maior de incremento de área, estão as regiões norte (+8,54%), noroeste (+4,39%) e nordeste (+2,01%). Essa retomada no crescimento da área semeada é, principalmente, reflexo da valorização da oleaginosa brasileira, pautada no aumento da demanda internacional”, como observam os analistas do órgão.

Em princípio a produção e a produtividade devem ser inferiores aos volumes históricos da safra 2017/18, quando o Estado contabilizou recorde de produção de 32,52 milhões de toneladas.

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