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“Ansiedade tem raízes ancestrais e pode ser reflexo do meio familiar”, explica psicóloga


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Já parou para pensar porque a maioria das pessoas tem medo de aranha, mas não tem medo de carro, sendo que o veículo oferece muito mais riscos? A psicologia evolutiva explica que esse sentimento está enraizado em nosso histórico de evolução, já que as aranhas são tidas como risco muito antes da existência dos carros. 

A psicóloga Eliane Fernandes aponta que é daí que vêm as raízes da ansiedade, reações de defesa diante de estímulos que representem perigo ou ameaça à sobrevivência. 

“Ansiedade é um sentimento que nasce do sentimento de desamparo. Não tem como eu estar plena de que tudo está organizado e ter ansiedade. Eu entendo que está tudo organizado eu não tenho que me preocupar com aquilo. Então quando vem a ansiedade eu me sinto desarmada e me sinto sozinha para resolver aquilo, o problema. Então se eu não acredito que algo seja um problema, eu não tenho ansiedade com relação aquilo”, explica a psicóloga sobre os comportamentos diante de solução de problemas. 

A carga de conflitos a serem resolvidos, no cotidiano atual, é bem maior do que a que nossos ancestrais enfrentavam e por isso a ansiedade surge com maior intensidade e até mais cedo, já que crianças também são acometidas. A psicóloga faz o alerta de que a ansiedade em crianças pode ser  o reflexo do comportamento em família.  

Nossos medos são aprendidos. Se eu venho de uma família ansiosa, eu provavelmente vou ser muito ansiosa porque a família me traz medos que eu nasço sem eles. Isso é convivência. Alguém que foi adotado por uma família de ansiosos terá uma possibilidade alta de ser ansiosa também. Isso serve de alerta para a família. Uma criança ansiosa é o reflexo de família ansiosa”, destaca. 

Eliane aponta que o crescimento social de estímulos que tivemos nos últimos 50 anos sobrecarregou a todos e somado à intensa e constante cobrança de resposta social pode levar ao adoecimento. A especialista pontua que uma pessoa pode absorver mais do que a outra, ter mais resiliência que a outra. 

“É como eu subjetivo as coisas que acontecem na minha vida. A carga de prioridade para mim. As coisas que são prioridade para mim e não são para você”, apontou.   

“Estamos entrando num automático que gera o prejuízo. Estão nos vendendo que ficar à toa é ruim. Como se não fazer nada fosse algo ruim, e pelo contrário, nossos corpo  precisa não fazer nada para descansar. Socialmente você não ter feito nada é como se tivesse cometido um crime. Quanto mais se preocupa em responder essa cobrança em nível desejado, mais alto, maior o nível de ansiedade”, alerta.

 

O Bom da Notícia/com assessoria

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