Agronegócios
Análise de mercado do milho
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As cotações do milho, em Chicago, pouco se modificaram durante esta semana mais curta nos EUA, devido ao feriado do dia 24/11. O bushel do cereal, para o primeiro mês cotado, fechou em US$ 6,63 a quarta-feira (23), contra US$ 6,67 na semana anterior.
Dito isso, a colheita do milho, nos EUA, até o dia 21/11, atingia a 96% da área semeada, contra 90% na média histórica para esta data.
Enquanto isso, no Brasil, os preços do milho também continuam estáveis, com a média gaúcha fechando a semana em R$ 84,31/saco, enquanto nas demais praças nacionais os preços do cereal oscilaram entre R$ 64,00 e R$ 85,00/saco. Já na B3, o fechamento do dia 23/11 acusou os seguintes valores: janeiro/23 à R$ 89,76/saco; março/23 à R$ 92,95; maio/23 à R$ 92,50; e julho/23 à R$ 90,45/saco.
Por outro lado, o plantio do milho de verão, desta safra 2022/23, chegava a 82% da área do Centro-Sul brasileiro, no dia 17/11, contra 91% no mesmo período do ano passado. Em algumas regiões, como o Sul do país, há atraso no desenvolvimento das plantas devido ao frio ocorrido em outubro e início de novembro. No Sudeste e Centro- Oeste, enquanto em São Paulo as condições são boas, em Minas Gerais e Goiás há regiões com falta de umidade.
Em termos de mercado externo, nos primeiros 12 dias úteis de novembro o Brasil exportou 3,49 milhões de toneladas de milho, o que representa 45,9% acima do total exportado em todo o mês de novembro de 2021. A média diária de embarques está 131% acima do registrado em novembro do ano passado. (cf. Secex)
Por sua vez, a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) reforça a possibilidade de exportações, em novembro, ao redor de 6,6 milhões de toneladas do cereal. Com isso, os mais otimistas consideram que seja possível o Brasil chegar a um total, no final do ano, próximo de 50 milhões de toneladas. Já os mais realistas consideram possível as vendas ficarem entre 43 e 45 milhões de toneladas na totalidade de 2023. Em qualquer dos cenários, um recorde histórico. Após os primeiros 12 dias úteis de novembro, o preço médio da tonelada exportada chega a US$ 287,00, ou seja, 33,8% acima do praticado um ano antes.
Para o ano de 2023 as exportações de milho brasileiras, se as nossas safras forem normais, poderão ser ainda maiores, pois o Brasil conta vender para a China cerca de 5 milhões de toneladas, graças aos acordos que começam a ser fechados neste final de 2022. Lembrando que, se o clima colaborar, o Brasil poderá atingir a uma produção total de milho recorde, em 2022/23, ao redor de 126 milhões de toneladas.
Enquanto isso, nas importações de milho, nos primeiros 12 dias úteis, o Brasil adquiriu 119.670 toneladas, chegando a um total de apenas 28,4% do total importado em novembro de 2021. O valor da tonelada importada recuou para US$ 225,90 em relação há um ano antes.
Enfim, vale destacar que, no Mato Grosso, houve redução no custo de produção do milho, em outubro. Porém, a mesma foi de apenas 0,31%, com o hectare ficando em R$ 3.355,76 no que diz respeito ao custo da lavoura.
As informações são da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário – CEEMA
Por: AGROLINK