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Ambulatório de Referência Estadual em Hanseníase realiza cerca de 400 atendimentos por mês


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Sidomar Rodrigues tem 41 anos, morador do município de Humaitá (AM) veio para Porto Velho em busca de tratamento para Hanseníase, desde 2008, vem lutando contra a doença. “Com consulta agendada na Policlínica Oswaldo Cruz, passei pela infectologista, a partir daí comecei um tratamento, que logo de inicio já percebi o resultado: em agosto do ano passado passei pela primeira cirurgia, o que resolveu boa parte dos meus problemas, voltando principalmente à sensibilidade, em dezembro fiz a segunda, e graças a Deus, até hoje estou cada dia melhor, então eu só tenho a agradecer a equipe do POC, que me recebeu e me acolheu com todo carinho e amor, agora é cumprir certinho todas as recomendações médicas e seguir a vida normalmente”, disse Sidomar.

“Eu não sabia o que era Hanseníase e descobrir que é uma lepra foi chocante, meu emocional foi lá em baixo, não tive apoio da família, fiquei preocupada, não sabia que tinha cura, as pessoas se afastaram de mim, mas eu conheci uma amiga, a médica dermatologista Sonia Inês, e toda equipe de enfermagem, da Policlínica Oswaldo Cruz, que me apoiou. Hoje estou curada, as sequelas a gente vai tratando e procuro voltar aos poucos minha rotina”, relatou Vera Lucia Tussini Vilela de 41 anos, que faz vários tratamentos, inclusive o de Craniopuntura de Yamamoto, que evita o uso abusivo de medicação para dor, já que esses pacientes sentem dores crônicas.

REFERÊNCIA ESTADUAL

O Ambulatório de Referência Estadual em Hanseníase da Policlínica Oswaldo Cruz, em Porto Velho, conforme organização da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia e a Secretária Estadual de Saúde (Sesau), figura-se como retaguarda para atendimentos das reações hansênicas graves, neurites, diagnóstico de hanseníase. Se qualquer pessoa suspeitar que tenha a doença pode procurar a POC diretamente, sem precisar passar pela regulação. “Nós não podemos perder a oportunidade de fazer o diagnostico desse paciente, que é avaliado pela equipe de enfermagem e se houver necessidade passa pela equipe médica, hoje somos quatro profissionais atendendo no ambulatório”, afirma a dermatologista Sonia Inês.

Ela explica as formas clássicas que a doença pode aparecer: como mancha única, ou várias, que começam a perder os pelos e a sensibilidade. As manchas podem ser brancas, vermelhas e geralmente a pessoa perde a sensibilidade no local, não sentindo dor ou calor. “Esses são os primeiros sintomas que a pessoa deve procurar atendimento médico imediatamente”, complementa Sonia Inês.

Ainda de acordo com a dermatologista, o tratamento chega até 12 meses, dependendo das quantidades de manchas. “O importante é que esse paciente tenha a consciência de que a Hanseníase é uma doença curável, porém ainda constitui relevante problema de saúde pública e que além do tratamento clínico adequado, a abordagem cirúrgica é uma das maneiras mais importantes para prevenir incapacidades, e hoje contamos com esse serviço no Hospital de Base em Porto Velho, não precisa encaminhar o paciente para outro hospital como era feito”, destaca Sonia Inês.

O Dia Estadual de Mobilização contra a Hanseníase acontece no dia 7 de julho. Atualmente 70 pacientes estão em tratamento ativo, na POC. A média de atendimento é de 400 a 500 pacientes por mês, principalmente por reações hansênicas e sequelas de hanseníase, oriundos dos diversos municípios do Estado Rondônia, inclusive do Sul do Amazonas e Acre.

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