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Amamentar faz bem tanto para o bebê como para a mãe


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O início de agosto é marcado pela comemoração da “Semana Mundial do Aleitamento Materno”. A data tem como objetivo promover a amamentação, bem como ajudar no combate à desnutrição infantil e no incentivo à doação de leite materno para crianças que não podem ser amamentadas pelas genitoras.

“O ‘Agosto Dourado’ é um mês muito especial para relembrar a todos a importância da amamentação e, principalmente, conscientizar sobre o papel da doação de leite humano”, afirma a coordenadora do Banco de Leite Humano do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, Andrea Spinola.

Considerado o alimento mais completo e equilibrado que existe, o leite materno oferece uma série de benefícios nutricionais para os bebês e, por este motivo, deve ser consumido de forma exclusiva durante os seis primeiros meses de vida, segundo a Organização Mundial da Saúde.

“Após este período, ele, sozinho, acaba não sendo mais suficiente, e a alimentação deve ser complementada com frutas e papinhas; a OMS recomenda, ainda, que seja mantido entre as refeições até dois anos ou mais”, explica a médica pediatra e neonatologista do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da FMUSP, Valdenise Tuma Calil.

Além de nutrir, a primeira fonte alimentar se sobressai por proporcionar inúmeros fatores de defesa que auxiliam na prevenção de infecções, em especial diarreia e doenças respiratórias.

O aleitamento também colabora para a formação do sistema imunológico das crianças, favorece o desenvolvimento motor-oral e cerebral e reduz o risco de obesidade e de doenças alérgicas, cardíacas, autoimunes e crônicas, como hipertensão arterial, hipercolesterolemia e diabetes dos tipos 1 e 2.

Saudável para as mamães

A amamentação também ajuda a aumentar o vínculo afetivo entre a mãe o filho, o que contribui para o bem-estar dos dois e para a sensação de realização das mulheres, minimizando, inclusive, as chances de depressão pós-parto.

O aleitamento ainda pode fazer com que a sua perda de peso se torne mais rápida, pois o gasto de energia é maior, e reduzir os riscos de desenvolver doenças como diabetes tipo 2 e cânceres de ovário e de mama.

Diante disso, para não prejudicar a produção láctea, alguns cuidados são essenciais. A tensão e o cansaço pós-parto podem atrapalhar a liberação do leite. Assim, é de suma importância contar com o auxílio e o apoio dos pais e familiares, bem como descansar nos intervalos das mamadas e manter-se relaxada e tranquila.

Já para as mulheres que produzem bastante quantidade, é necessário esvaziar as mamas, pois deixá-las muito cheias também pode ser prejudicial e reduzir a produção. Para isso, a doação de leite é uma excelente alternativa.

Além de garantir a manutenção da secreção desse alimento natural, gratuito, e que faz tão bem ao bebê, é possível ajudar outras mães que não conseguem amamentar os seus filhos. Orientações sobre a doação e serviços de Banco de Leite e Postos de Coleta podem ser consultadas em: www.rblh.fiocruz.br.

Crescimento na doação de leite materno

A distribuição de leite materno no SUS em SP cresceu 24,4% nos últimos três anos, saltando de 34 mil litros, em 2015, para 43 mil, no ano passado. É o que mostra o levantamento da coordenação da rede de bancos de leites do Estado de São Paulo.

O Estado possui a maior rede de Bancos de Leite Humano (BLH) do país, com 59 bancos e 39 postos de coleta. Nesse período, o número de doadoras também cresceu 14,6%, saltando de 37 mil para 43 mil mulheres que contribuem com a iniciativa.

A quantidade de leite coletado também teve um aumento significativo. Em 2018, foram 54 mil litros, 16,4% a mais que em 2015, quando a coleta totalizou 46 mil litros de leite.

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