Cuiabá-MT
Alunos indígenas visitam a Câmara de Cuiabá
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Um grupo de cinco alunos indígenas do Centro de Treinamento AMI, de Chapada dos Guimarães visitou a Câmara Municipal de Cuiabá na manhã desta quarta-feira (18). O chefe da Escola Legislativa, Danilo Monlevade guiou o grupo pela Casa de Leis.
Os estudantes chegaram até à Câmara conduzido pelo professor Reginaldo Zounar (Linguista da Educação Transcultural), que trouxe para a visitação Izaias Colina, Laís Bororo, Akuku Mehinako, Romilda Waiwai e Elbey Wuara.
A visita teve início na Praça Paschoal Moreira Cabral, onde está o marco do Centro Geodésico da América do Sul, que foi definido pelo Marechal Cândido Rondo, descendente de indígenas, e prosseguiu pelos setores da Casa sendo finalizada no Plenário.
Danilo Monlevade explicou aos visitantes a importância da Câmara para a cidade, detalhando a independência harmônica dos poderes. Falou também do processo eleitoral e mostrou a importância de haver alternância no poder, que mantém a democracia fortalecida com seus pesos e contrapesos.
A Escola Legislativa desenvolve o projeto Cuiabaninhos no Parlamento, que consiste em receber alunos para visitas de conhecimento à Câmara. Para participar, basta entrar em contato através do telefone 3617-1569 ou 1571.
O Centro trabalha, atualmente, com 23 alunos de diversas etnias. Eles chegam por interesse próprio, e, em regra, tem conhecimento do trabalho pelo processo boca a boca.
O Wuara, Elbey disse que tem aprendido muito na escola e que procura conhecimento para levar aos demais membros de sua tribo. A bororo, Laís, disse que a visita foi muito importante para entender como funciona a sociedade e como buscar seus direitos.
Na escola mantida pela ONG, os alunos aprendem a língua portuguesa, mas são incentivados a manter o próprio idioma e cultura. Recebem também conhecimento sobre saúde, desde higiene corporal até cuidados com animais peçonhentos.
Os alunos têm também aulas de princípios que norteiam a sociedade – como não matar, não roubar -, trabalhos de marcenaria, agricultura e administração do tempo. Requisitos que os habilitam a compreender o meio de vida dos não índios e facilita a inserção dos indígenas na sociedade que os rodeia e que a cada dia mais se aproxima.