Educação
Alunos estão sem aula há quase um mês em MT após transformador de energia de escola queimar
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Os alunos do período noturno da Escola Estadual Maria Arruda Muller, que fica às margens da BR-364, em Santo Antônio de Leverger, a 35 km de Cuiabá, estão sem aula há três semanas desde que um transformador de energia queimou. A escola não tem previsão de quando a situação será normalizada.
O prédio da escola tem 12 salas de aula, mas a estrutura do telhado está comprometida. O madeiramento está podre e os suportes de ar-condicionado estão estragados, conforme a dona de casa e mãe de dois alunos, Benedita Guia dos Santos.
“No fundo da escola tem um telhado caindo em cima da cabeça dos alunos. É um grande perigo”, disse.
A escola atende 450 alunos do ensino fundamental e médio.
O transformador que queimou tinha dois anos de uso. Um novo transformador tem o custo médio de R$ 14 mil.
O engenheiro eletricista da secretaria-adjunta de Obras da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Alan Alexandre Pereira, explicou que a escola deve fazer três orçamentos diferentes e enviar para a secretaria comprar o novo transformador.
“A informação que eu tive é de que ele queimou por um fenômeno da natureza, então a empresa não tem a responsabilidade de fazer a troca”, contou.
Segundo o presidente do Conselho Escolar, Ivens Lopes de Abreu, a Seduc havia informado que não tinha dinheiro suficiente para comprar um novo transformador.
“Me disseram que não tinham dinheiro para fazer a reposição do aparelho. Se eles tivessem repassado essa informação, as aulas já teriam voltado”, afirmou.
A técnica administrativa de educação Thaise Rodrigues afirmou que um e-mail foi enviado para a Seduc, no dia em que o equipamento queimou, no entanto, a resposta chegou depois de 20 dias.
“Foi enviado um email no dia 17 de agosto e a resposta veio somente no dia 6 de setembro. Foi um descaso com a escola e não fizeram nada para resolver o problema”, afirmou.
Na semana passada, os alunos dos períodos matutino e vespertino que moram na zona rural pararam de frequentar as aulas porque o transporte escolar tinha sido interrompido.
Segundo o mecânico Amilton Marques Teixeira, que também é pai de uma aluna de sete anos, a escola não estava com o pagamento dos motoristas em dia.
“Não estão pagando os motoristas há duas semanas e é muito triste ver a minha filha sem estudar”, contou.