Agronegócios
Alta demanda de usinas de etanol de milho deve aumentar área plantada do grão em 6,5%, diz Imea
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Uma previsão do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), aponta que a área plantada de milho deve ser de mais de 6,2 milhões de hectares na próxima safra, sendo 6,5% maior que no ano passado.
De acordo com o analista de mercado Rodrigo Santos, o aumento da produção de etanol a partir do milho no Brasil é um dos fatores que justificam a previsão do Imea. A produção de trigo abaixo da média histórica em nível mundial nos últimos anos também faz com que a produção de milho seja alavancada.
“Em Mato Grosso o milho é uma segunda safra. Temos condições climáticas e de solo para ter uma segunda safra. Pela oportunidade de mercado que existe hoje, a tendência é que as áreas aumentem”, explica.
A busca por combustíveis renováveis, como no caso do etanol de milho que é uma energia limpa, tem crescido no país e no mundo, conforme ressalta o analista. Por conta disso, a demanda pelo etanol de milho deve aumentar cada vez mais.
Subproduto do etanol
Com o aumento da produção de etanol de milho, as indústrias geram quantidades ainda maiores de um subproduto: o DDG. Antes a fabricação desse subproduto era um problema. O avanço da tecnologia permitiu que o DDG tenha uma durabilidade maior e chegue nas fazendas de pecuária como alimento para os gados.
“As próprias indústrias de ração têm se adaptado para poder absorver esse subproduto e colocar dentro do seu processo produtivo de ração. Tanto a soja quanto o milho alcançaram um novo patamar de preço. A expectativa é que se mantenham”, avalia Rodrigo.
O DDG é produzido durante a fabricação do etanol de milho, ou seja, é um subproduto que serve de alimento para o gado.
Para cada tonelada de milho processada são produzidos na média 300 kg de DDG. Assim como o DDG, que é seco, tem ainda o WDG, que é úmido e mais perecível, pode ficar armazenado por menos tempo.
As usinas moem o milho que, depois de cozido, segue para a fermentação e destilação. Resultando no etanol e material residual. É do resíduo que saem três outros produtos: óleo, solúveis e o WDG. Depois da secagem, surge o DDG.
G1.globo.com