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AL/MT: MPE fará investigação interna; CPI não está descartada garante Botelho
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O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso-AL/MT, Eduardo Botelho (DEM) afirmou que o procurador-geral de Justiça José Antônio Borges se comprometeu a investigar o suposto envolvimento de membros do Ministério Público Estadual (MPE) no esquema conhecido como “Grampolândia Pantaneira’”.
Ainda assim, segundo Botelho, não dá para se descartar – ao menos por ora – a possibilidade de o Legislativo instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os mesmos fatos.
O chefe do MPE esteve na tarde desta terça-feira (23) no Colégio de Líderes, a convite da deputada estadual Janaina Riva (MDB). A visita aos parlamentares é reflexo dos reinterrogatórios dos coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco e do cabo Gerson Correa, na 11ª Vara Militar da Capital, que apontaram supostas ilegalidades praticadas por promotores de Justiça.
“O procurador foi muito esclarecedor. Ele se comprometeu a fazer uma investigação muito dura em cima do próprio MPE. Ele disse que vai contratar uma auditoria externa para apurar os fatos revelados pelos réus no esquema e vai nos manter sempre informados”, disse Botelho, ao deixar a reunião.
“Agora, se vai ter CPI ou não, não posso responder. CPI é composta por oito assinaturas. Se tiver oito deputados assinando, ela é aberta. No momento, me parece que não tem. Mas não posso garantir nada, porque isso com o tempo pode mudar”, acrescentou o presidente.
Ainda segundo Botelho, o chefe do MPE não quis fazer qualquer julgamento a respeito de possíveis ilegalidades cometidas por promotores, tal como acusou o cabo Gerson Correa.
“Ele diz que tem que investigar, até por conta disso está contratando auditoria externa para tratar de notas fiscais (segundo o militar, o uso da chamada verba secreta do Gaeco teria tido desvio de finalidade), além de uma auditoria do Guardião (sistema do Gaeco usado nas interceptações telefônicas)”, disse o presidente.
“E, só depois disso, ele chegará a uma conclusão. Ate então, ele diz que não tem elementos para saber se existiu ingerência ou não”, concluiu o presidente.
CPI
A abertura da CPI foi levantada por um grupo de parlamentares logo depois do reinterrogatório dos militares.
O presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho, no entanto, pediu que os parlamentares aguardassem a visita do procurador-geral à Casa de Leis para possíveis esclarecimentos.