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Medicina

Ainda não faz exercícios físicos? 5 estudos mostram por que você deve começar já


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Começar a praticar exercícios físicos sempre está entre as resoluções de ano novo, mas muitas vezes o plano não vai para a frente. Com foco absoluto na estética, o “projeto verão” deveria durar o ano inteiro para o bem da sua saúde. Isso porque a atividade física está envolvida em uma série de benefícios para a saúde humana, desde a prevenção de doenças hepáticas e metabólicas, até a melhora do humor e tratamento da ansiedade.

“A prática de exercícios físicos aumenta o fluxo da circulação do sangue e melhora o retorno venoso com a finalidade de levar oxigênio às células dos músculos e tecidos próximos. Além de contribuir para a queima de gordura, o exercício ajuda a desenvolver os músculos e fortalecer o sistema imunológico”, explica a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

Recentemente, cinco grandes estudos revelaram os principais benefícios da prática de exercícios físicos. Confira!

Exercício físico previne o desenvolvimento de doenças hepáticas

Um estudo feito na Alemanha, e publicado na revista Molecular Metabolism, revelou que a prática de atividade física pode prevenir a concentração de gordura no fígado e o surgimento de doenças hepáticas.

 “O estudo demonstrou que o estímulo das mitocôndrias isoladas do fígado, que ocorre por meio dos exercícios físicos, é especialmente benéfico para reduzir o armazenamento de gordura no órgão, o que diminui os riscos de doenças hepáticas”, explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Protege contra consequências do envelhecimento no metabolismo

Pesquisadores australianos descobriram porque a prática de exercícios garante um envelhecimento mais saudável. Uma pesquisa publicada na revista Science Advances revelou que abandonar o sedentarismo pode nos proteger contra as consequências do envelhecimento na saúde metabólica.

“Os cientistas descobriram enzimas que podem evitar doenças metabólicas e elas são produzidas com o exercício físico. A descoberta abre a possibilidade do desenvolvimento de medicamentos para promover a mesma atividade dessa enzima”, conta o geneticista Dr. Marcelo Sady, Pós-Doutor em Genética e diretor geral Multigene.

Uma das principais doenças do metabolismo que podem ser evitadas com a prática de exercícios é o diabetes tipo 2. O estudo é extremamente importante, segundo o geneticista, uma vez que a proporção de pessoas em todo o mundo com mais de 60 anos dobrará nas próximas três décadas.

10 minutos de corrida moderada já beneficiam o cérebro

Um estudo da Universidade de Tsukuba (Japão) descobriu que apenas 10 minutos de corrida de intensidade moderada aumentam o fluxo sanguíneo no córtex pré-frontal bilateral – a parte do cérebro que desempenha um papel importante no controle do humor e das funções executivas. A descoberta pode trazer novas alternativas para o tratamento da saúde mental.

“O exercício melhora o fluxo sanguíneo e protege a memória; estimula mudanças químicas no cérebro que apuram o aprendizado, o humor e o pensamento. Também mantém suas habilidades de raciocínio afiadas e podem promover o crescimento de novas células cerebrais, além de preservar as células existentes”, diz o Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella, médico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA).

Exercícios físicos ajudam a tratar a ansiedade, inclusive crônica

Tanto os exercícios moderados quanto os extenuantes aliviam os sintomas da ansiedade, mesmo nos casos crônicos. É o que revela um estudo da Universidade de Gotemburgo, Suécia.

“Os resultados mostram que seus sintomas de ansiedade foram significativamente aliviados, mesmo quando a ansiedade era uma condição crônica, em comparação com um grupo de controle que recebeu aconselhamento sobre atividade física de acordo com as recomendações de saúde pública”, esclarece a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez.

Como explicam os especialistas, a atividade física regular é capaz de diminuir o risco de vários distúrbios, dentre eles neurológicos. Além disso, a endorfina liberada com a prática de exercícios melhora o bem-estar e regula o humor.

6 semanas de exercícios físicos já podem causar mudanças no DNA

Cientistas da Universidade de Copenhague descobriram que os efeitos benéficos da prática de atividade física podem causar alterações na estrutura do nosso DNA. Como explica o geneticista Dr. Marcelo Sady, o DNA é o manual de instruções molecular encontrado em todas as nossas células. Algumas seções são os genes, instruções para construir proteínas – e, assim, nosso corpo – enquanto outras seções são chamadas de intensificadores, responsáveis por regular quais genes são ligados ou desligados, quando e em que tecido.

 “Essas alterações são chamadas de ‘epigenéticas’. Os cientistas descobriram, pela primeira vez, que os exercícios religam os intensificadores em regiões de nosso DNA que são conhecidas por estarem associadas ao risco de desenvolver doenças”, complementa o geneticista.

Terra.com.br

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