Juína
Água de Juína e outras 15 cidades no estado, tem substâncias inorgânicas, cancerígenas, agrotóxicos e até radiação
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Segundo um levantamento realizado pelo Repórter Brasil e publicado através da Agência Brasil nesta semana, testes feitos nas águas tratadas da capital Cuiabá e outras 15 cidades do interior, incluindo o município de Juína, ao noroeste do estado, entre os anos de 2018 a 2020, foram encontradas agrotóxicos, substâncias inorgânicas e elementos radioativos, sendo que o nível de substâncias químicas e radioativas encontrada na água desses municípios está no grau mais elevado de limite de segurança estipulada pelo Ministério Da Saúde e são tidas como causadoras de doenças crônicas quando consumidas em excesso e de forma contínua, como o câncer, de acordo com a Agência Internacional de Pesquisas em Câncer (IARC) Órgão da organização Mundial da Saúde (OMS).
Os dados foram levantados pelo Repórter Brasil a partir do Sistema de Informações da Qualidade da Água para Consumo (SISAGUA) do Ministério da Saúde.
Os municípios onde foram encontradas substâncias com maior possibilidade de maiores riscos de doenças, são Cuiabá, Juína, Comodoro, Cáceres, Tangará Da Serra, Arenápolis, Campo Verde, Primavera Do Leste, Paranatinga, Pontal Do Araguaia, Alto Garças, Pedra Preta, Sorriso, Sinop, Marcelândia, e Guarantã Do Norte.
Veja abaixo a lista de substâncias encontradas em cada município de acordo com o Mapa da Água do Repórter Brasil, ressaltando que em uma cidade poderá ser encontrada mais de uma substância com tipos diferentes.
Na capital Cuiabá, onde a água é distribuída para mais de três milhões de pessoas, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), foi encontrado acima do limite de segurança substância de Nitrato.
De acordo com o Mapa da Água, o Nitrato e seus componentes são usados na fabricação de fertilizantes, conservantes de alimentos, explosivos, e pela indústria farmacêutica na produção de medicamentos vasodilatores.
Nos demais municípios foram encontradas substâncias devidas de agrotóxicos, metais pesados e até elementos radioativos como Rádio-228 e Atividade Alfa Total, que são utilizados com fins médicos para tratamento de câncer e exames de raio-x.
Já em dois municípios de mato-grossenses também foram encontradas substâncias perigosas, mas que causem danos à saúde, e não risco de doenças crônicas. Em Confresa, foi detectado substâncias chamadas de Ácidos Haloaceticos total, que é formado pelo processo de tratamento da água com cloro para matar bactérias. Já em Campinápolis foram encontrados Trihalometanos Total, que é encontrado em solventes para vários produtos.
Em mais 28 municípios de Mato Grosso as substâncias encontradas estão dentro do limite de segurança permitido pelo Ministério da Saúde e especialistas, enquanto as demais prefeituras não alimentaram o SISAGUA.
De acordo com a reportagem da Agência Pública, os subprodutos encontrados pelos testes surgem reação de substancia que podem estar na água, como algas e esgotos, com cloro ou outro desinfectante. “Entretanto, o processo de tratamento é essencial, pois impede a propagação de doenças que podem ser fatais, como o Cólera, Giardíase, Desinteria, e Febre Tifoide” destaca.
As substâncias químicas geradas a partir do tratamento da água, os chamados subprodutos da desinfecção, são seguros desde que mantidos abaixo de uma concentração determinada pelo Ministério da Saúde.
A presença contínua desses produtos aumenta o risco de doenças crônicas que podem ter consequências silenciosas a longo prazo, como problema no fígado, rins, e sistema nervoso, além de aumentar o risco de câncer. (Com Agência Pública)
Veja aqui o mapa da água aqui.
RD News/Juína News
Juinanews.com.br