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Agronegócio irá defender hoje em Brasília nomes de Blairo e Sachetti para o Mapa


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O presidente da Aprosoja Antônio Galvan disse que a Associação vai defender, nesta terça (6) em Brasília, a permanência do senador licenciado Blairo Maggi (PP) no comando do Ministério da Agricultura (Mapa). “A Aprosoja já manifestou essa vontade e a permanência de Blairo no Mapa tem apoio de todo o setor. Tivemos avanços significativos com a condução de Blairo no cargo”.

Caso o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) queira trocar o ocupante do cargo, Galvan disse que o setor vai trabalhar para que o espaço continue a ser ocupado por Mato Grosso. Outro nome cotado, segundo Galvan, é o do deputado federal Adilton Sachetti (PRB) que disputou uma das vagas ao Senado por Mato Grosso, mas não conseguiu se eleger.

A reunião, ainda sem horário definido por ter sido marcada de última hora, será com o atual presidente da União Democrática Ruralista Luiz Antônio Nabhan Garcia, na sede da Aprosoja Brasil. À noite, Garcia deve se encontrar com Bolsonaro e também é um dos fortes nomes cotados ao cargo. “Ele tem grande chance de ser indicado porque é muito próximo do presidente eleito. Vamos buscar o consenso”.

Ele tem grande chance de ser indicado porque é muito próximo do presidente eleito

Antônio Galvan

Para defender que o Mapa continue nas mãos de lideranças do Estado, o presidente da Aprosoja pontua que Mato Grosso é o maior produtor de grãos do país, com projeção de superar os 60 milhões de toneladas na safra 2018/2019. Além disso, o Estado tem o maior rebanho bovino com quase 30 milhões de cabeças e ocupa posição de destaque nas exportações que garantem superávit na balança comercial brasileira.

Ferrogão

A viabilização de ferrovias no Estado como a Ferrogrão e a Fico deve continuar como uma das principais bandeiras do setor junto ao Governo Federal. Galvan aponta que o Agronegócio do Estado está concentrado em criar saídas para o problema logístico, como forma de garantir o escoamento da safra cada vez mais crescente e dar sustentação à competitividade da produção nos campos no Estado.

Uma das alternativas é a participação dos produtores com pelo menos 50% dos investimentos necessários à construção e operação da Ferrogrão.

No entanto, no final de outubro, a Justiça Federal em Belém apontou falhas no diagnóstico ambiental e determinou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) paralisasse o procedimento de concessão da ferrovia. O projeto da Ferrogrão, de 1,1 mil quilômetros, deve afetar comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas entre Mato Grosso e o Pará. A determinação foi expedida no último 24 de outubro pelo juiz Arthur Pinheiro Chaves, da 9ª Vara da Justiça Federal em Belém. 

Antonio Galvan

Galvan explica que, além de proporcionar economia de cerca de R$ 3 bilhões com frete por ano, a Ferrogrão é uma saída logística eficiente para o setor se proteger das pressões pelo tabelamento e conseqüente aumento do frete pelos caminhoneiros.

A Ferrogrão vai ligar Sinop à estação de transbordo de cargas para barcaças em Miritituba, no Pará. A obra, que está orçada em R$ 12,7 bilhões, é um projeto que circula pelo governo há cerca de 5 anos sem sair do papel. 

Taxação

No Estado, os produtores rurais vivem momentos de forte pressão da classe política que vai assumir na próxima legislatura no Estado e em Brasília  e defende a taxação do agronegócio. Galvan contesta e afirma que o setor já contribui e se sacrifica pelo Estado e aponta riscos de queda na produção, caso se torne inviável para os produtores continuar apostando no crescimento da safra, seja por médio da área plantada ou ganhos de produtividade que requerem investimentos em alta tecnologia. “Ainda tem político defendendo que o setor seja taxado, que a gente contribua com R$ 4 bilhões por ano. Como colaborar mais, um setor que tem R$ 12 bilhões de dívidas?”, questiona.

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