Agrishow retorna em bom momento para o setor e previsão é dobrar o faturamento

Parecia uma eternidade para assíduos frequentadores da feira sediada em Ribeirão Preto (SP). Era o que se via pela satisfação de organizadores, expositores e visitantes. A exposição, que vai até sexta-feira (29), é uma das principais vitrines mundiais de tecnologia agrícola e um importante termômetro do setor. E, pelo visto, a temperatura está elevada.

Na edição passada, foram R$ 2,9 bilhões em negócios. Agora, fala-se em mais que o dobro. O presidente de honra da feira, Maurílio Biagi, citou que o faturamento pode chegar a R$ 6 bilhões. Já o presidente geral da Agrishow, Francisco Maturro, mais contido, preferiu não arriscar uma estimativa. Certeza mesmo é que o setor se manteve aquecido, apesar das adversidades enfrentadas nesse período, com mais intensidade no ano passado.

Lideranças do segmento de máquinas agrícolas afirmaram que as linhas de produção seguiram ativas, pois a demanda também não parou. O agro não parou. O que mudou, ou melhor, evoluiu foi a maneira de se relacionar. O contato digital extrapolou e-mails e grupos de WhatsApp e, em outras plataformas, virou mesa de negociação, centro de capacitação, assistência técnica, entre tantas outras facilidades. A retomada da Agrishow potencializa tudo isso, e vice-versa.

Em alguns casos, a exposição das ferramentas tecnológicas à disposição do agricultor era comparável à sala de controle de um aeroporto. “Sem exageros”, disse a vice-presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Ana Helena Andrade, que é responsável pela Câmara de Máquinas Agrícolas da entidade e também diretora de Assuntos Governamentais da AGCO do Brasil. Isso pelo nível de detalhamento sobre a performance de máquinas, lavouras e profissionais, o que gera ganhos precisos e expressivos em produtividade, redução de custo e sustentabilidade. Para muitos expositores, poder falar sobre todos esses ganhos de maneira presencial é ainda melhor.

A Agrishow é uma realização conjunta entre Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) e Sociedade Rural Brasileira (SRB).

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