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Advogado de ‘El Chapo’ diz que presidente do México recebeu subornos
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O traficante mais poderoso do mundo após a morte do colombiano Pablo Escobar está sendo julgado em Nova York.
Um dos advogados do mexicano Joaquin “El Chapo” Guzmán, suspeito de ter dirigido um dos cartéis de droga mais poderosos do mundo, afirmou nesta terça-feira (13) que o presidente mexicano e o seu antecessor receberam subornos do cartel de Sinaloa.
O advogado Jeffrey Lichtman, na sua intervenção introdutória na abertura do julgamento de El Chapo, que ocorre em Nova York, nos Estados Unidos, afirmou que centenas de milhões de dólares foram transferidos, em nome da organização, por Ismael “El Mayo” Zambada, coacusado no julgamento, mas que está foragido.
O atual presidente do México é Enrique Peña Nieto, que será substituído no cargo pelo já eleito Andrés Lopez Obrador, no dia 1º dezembro.
Joaquin Guzmán, de 61 anos, é acusado de dirigir entre 1989 e 2014 o cartel de Sinaloa, que enviou para os Estados Unidos mais de 154 toneladas de cocaína e grandes quantidades de heroína, metanfetaminas e maconha.
De acordo com as autoridades norte-americanas, El Chapo tornou-se o traficante mais poderoso do mundo após a morte do colombiano Pablo Escobar, em 1993. Se for condenado, Guzman pode pegar prisão perpétua.
El Chapo é também suspeito de protagonizar uma onda de assassinatos e sequestros e de lavagem de bilhões de dólares.
Preso pela primeira vez na Guatemala, em 1993, e após ser condenado a 21 anos de prisão, Guzmán escapou em 2001 de uma prisão de alta segurança de Puente Grande, estado de Jalisco.
Após 13 anos em fuga, foi capturado em 2014, mas escapou um ano mais tarde de uma prisão de máxima segurança de Altiplano, perto da Cidade do México, através de um túnel com 1,5 km.
Em janeiro de 2016, e após várias tentativas, o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, anunciou finalmente a captura de El Chapo.
Um ano mais tarde, o suspeito foi extraditado para os Estados Unidos.